“Ruptura/Fracture” de Gregory Hoblit
Depois de um breve interregno cá estamos de volta às ante-estreias, com um filme que junta o magistral Sir Anthony Hopkins e o promissor Ryan Gosling (nomeado para os Oscars deste ano pelo seu desempenho em Half Nelson).
Só por si os dois protagonistas já tornariam o filme apelativo mas ainda temos o veterano David Strathairn (protagonista de Good Night, and Good Luck) e um argumento cativante que desperta a curiosidade de qualquer cinéfilo.
Começando pela história, Hopkins representa Ted Crawford, um conceituado e abastado engenheiro dotado de um dom especial. Seja na sua profissão, seja na sua vida pessoal, Ted tem a habilidade de encontrar o ponto de Ruptura em tudo o que observa. Um dia ao descobrir a infidelidade da sua mulher, planeia o homicídio perfeito…
No “outro lado da cidade”, Willy Beachum, um ambicioso advogado do Ministério Público (Gosling), está em vias de ser contratado por um conceituado escritório quando, num último trabalho, lhe é atribuído o processo de Ted. No tumulto em que se encontra a sua vida, tudo o que Willy não precisava era de um adversário como Ted.
Fruto, sobretudo, do desempenho dos dois actores principais, o filme acaba por ser um bom entretenimento, ainda que, em certos momentos, a história se torne um pouco previsível.
A mencionar também, o trabalho do realizador Gregory Hoblit, responsável entre outros pelo fantástico A Raiz do Medo/Primal Fear (filme que lançou a carreira de Edward Norton), que compõem uma obra sem grandes pretensões mas ao mesmo tempo sem defraudar as expectativas criadas.
Os fãs de Anthony Hopkins de certeza que irão gostar do filme, os outros … também!