“Paranóia (Disturbia)” de D.J. Caruso
Posso-vos adiantar que já tive o magnífico prazer de assistir a uma das ante-estreias do filme Ratatouille mas, como a sua estreia, no nosso país, só ocorrerá na próxima semana, optei por deixar esse comentário para mais tarde.
Entretanto, como o bichinho do cinema não pára de me inquietar, tenho outras novidades para vos contar.
Já aqui vos tinha falado de Paranóia/Disturbia, como escrevi na altura os filmes de suspense e terror direccionados a adolescentes não fazem propriamente o meu género, ainda assim, de vez em quando, gosto de sair duma sala de cinema a transpirar. E não é que acertei mais uma vez!
Como não tenho grandes factores de comparação não posso opinar sobre a qualidade do filme dentro do género, posso apenas afirmar que gostei! O argumento a momentos demonstra a solidez de uma castelo de cartas; a insegurança na realização faz com que o filme passe rapidamente dum terror psicológico e mais refinado para um mais explícito e visceral (se calhar não é um defeito, mas continuemos) porém, os actores acabam por disfarçar muito bem essas lacunas, desviando a atenção para aspectos positivos.
Na primeira linha temos forçosamente David Morse. O experiente actor de filmes como 13 Blocks ou The Green Mile, é realmente assustador. Há actores que “nascem” para ser estrelas, outros são perfeitos complementos dos protagonista e, finalmente, existem aqueles que têm o dom natural para interpretar o vilão, Morse é indiscutivelmente, um dos melhores neste terceiro grupo!
Temos ainda a futura estrela de Hollywood, Shia Labeouf, que depois de Transformers volta a convencer, ainda que num papel não muito distante do anterior, herói por acaso! A finalizar temos Carrie-Anne Moss (The Matrix) no papel de mãe da personagem interpretada por Lebeouf e como parte importante do desenlace da história.
Meus caros, se procuram um filme para descontrair é melhor procurarem na sala ao lado. Se procuram um filme para a posteridade, então o melhor mesmo é deixarem passar os meses de Verão. Agora se quiserem sentir um arrepio na espinha e o coração a palpitar, arrisquem! Em último caso, podem sempre levar uma almofada para tapar a cara nos momentos mais horripilantes!
É verdade, o filme tem ainda uma pequena “história de amor” com alguns contornos engraçados mas que, infelizmente, é de tal modo “martelada” para encaixar na narrativa que, a certa altura, ficamos com a sensação de se tratar de um outro filme!
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