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“A Estranha em Mim/The Brave One” de Neil Jordan


Cresci a ouvir falar de Jodie Foster, dos seus desempenhos fabulosos e dos prémios arrecadados. Na altura, a tenra idade não me permitiu assistir em primeira mão aos filmes que lhe concederam o reconhecimento máximo da Academia de Hollywood, Os Acusados e O Silêncio dos Inocentes (Taxi Driver é de outros tempos!), mas a partir de Neil (sua 4ª nomeação) tenho acompanhado in loco o trabalho desta magnífica actriz.

Foster é das poucas actrizes, “cabeça de cartaz”, cujo nome per si vende um filme. Curiosamente, de há uns anos para cá, a maioria dos seus papeis representam mulheres fortes, lutadoras e independentes que se esforçam por proteger os seus e por se afirmarem em mundos fortemente dominados por homens.

Desta vez trata-se de Erica Bain, uma conceituada locutora de rádio que é vitima, juntamente com o seu namorado, de um brutal ataque por parte de um bando de marginais. Se a dor física lentamente começa a ser debelada, a perda do seu ente querido deixa mazelas bastante profundas.
Do medo acaba por “nascer” uma outra pessoa que ao invés de se defender prefere atacar. Na noite Nova Iorquina Erica irá encetar uma vingança em nome de todas as vítimas oprimidas, de forma a poder superar o seu sofrimento pessoal. A sua única fonte de lucidez acaba por encontrar junto do Detective Mercer (Terence Howard), o qual é responsável pela investigação dos crimes por si cometidos.
Entre o bem e o mal, o certo e o errado ambos vão descobrir que existe um local verdadeiramente obscuro!

Se é bem verdade que grande parte do filme pertence a Foster seria injusto não destacar também o desempenho de Terence Howard (Crash) e do realizador Neil Jordan (The Crying Game).

O actor norte-americano que aos poucos se tem vindo a afirmar como um dos nomes seguros do cinema actual, apesar de se limitar ao seu espaço, constrói uma personagem interessante e de uma empatia bastante forte, desempenho apenas ao alcance de poucos.
Quanto ao realizador irlandês a sua maior virtude será, por ventura, a liberdade que concede aos actores para desempenharem as suas funções mas depois há todo um trabalho de pormenores que tornam um filme banal numa obra interessante.

Ainda que, por vezes, o filme recorre a uma certa violência para evoluir, isso serve apenas para melhor compreendermos a angustia, a dor, a revolta que atormenta as personagens.

Não será uma obra-prima mas é indiscutívelmente um filme de QUALIDADE!

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  1. Anônimo diz:

    Concordo, bom filme! Forte mas cativante e muito intenso. Vai já comprar uma pistola numa loja perto de ti!

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