“Um Azar do Caraças (Knocked Up)” de Judd Apatow
Pondo de lado a ira que me envolve relativamente à data de estreia deste filme no nosso país (vide Antevisão), prometo concentrar-me única e exclusivamente no filme em si.
Goste-se ou não, considere-se demasiado corrosivo ou demasiado popular, a verdade é que o filme acerta em cheio nos seus propósitos de fazer rir uma plateia.
Partindo de uma premissa cada vez mais actual, a gravidez (MAIS QUE) indesejada, o realizador e argumentista Judd Apatow constrói um enredo suficientemente coerente para permitir aguentar o humor, ou melhor dizendo, o desvario colectivo que impera. Seth Rogen, Jonah Hill (Superbad) e, até mesmo, Paul Rudd (I Could Never be Your Woman) parecem não perder uma oportunidade de tirar o máximo prazer com cada situação. Lá pelo meio ainda podemos encontrar Katherine Heigl, uma das protagonista da série Grey’s Anatomy, que parece ter aproveitado esta perigosa oportunidade para demonstrar um à vontade que tem contribuído para o lançamento da sua, ainda breve, carreira.
Para aqueles que não estejam a par explico em breves palavras a história do filme. Ben Stone (Rogen) é um boémio e bon vivan cujo único objectivo de vida é não ter planos de vida. Partilha a mesma casa com 4 indescritíveis amigos com os mesmos “objectivos de vida”. Porém, numa noite de copos, acabará por engravidar a esforçada e competente Alison (Heigl), no exacto momento em que a carreira desta como apresentadora de TV parecia estar num óptimo caminho. Entre a nova realidade e as dificuldades em conjugarem personalidades completamente distintas o jovem casal tudo irá fazer para o bem do futuro rebento.
Para os mais exigentes posso acrescentar que o filme não é apenas uma sequência de sketches humorísticos. Debaixo de toda aquela confusão há realmente a preocupação em passar uma mensagem simples mas sincera que ajuda realmente a valorização o filme.
Talvez se trate efectivamente da melhor comédia deste Verão! (ou, no nosso caso, do Outono!).
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Trailer
Trailer Pt
Deleted Clip (para M/18)
Este filme, na minha modesta opinião, não levava mais de 3 pipoquinhas bem puxadotas…
Já agora um pequeno preciosismo no que ao último parágrafo da análise concerne. Dizer que talvez se trate efectivamente do melhor filme… não me parece o mais correcto, porquanto o talvez não deve ser utilizado juntamente com o efectivamente, na minha opinião.
Abraço