“Hitman: Agente 47” de Xavier Gens
Primeiro que tudo devo confessar que antes de ter ouvido falar do filme, o jogo de computador Hitman pouco ou nada me dizia. Sabia que era um jogo com muito sucesso, com muitos tiros e pouco mais.
Entretanto com todo o buzz criado em torno do filme fui-me familiarizando com este “mundo” de forma a estar minimamente preparado para o que iria ver.
Não querendo fazer comparações quando estas são desnecessários devo dizer que Hitman será um pouco Jason Bourne antes da amnésia. Um agente implacável ao serviço de uma organização obscura cujas capacidades vão muito além das armas e da luta corpo a corpo.
A maior diferença é que o Agente 47 não tem um passado. Desde a infância foi educado e treinado para ser o melhor e mais subtil assassino!
Para o papel de protagonista foi contratado Timothy Olyphant (recentemente vimo-lo como vilão em Die Hard 4.0), uma escolha não muito consensual perante os amantes da personagem. A mim não me incomodou nem me entusiasmou, depois da cabeça rapada e do código de barras “tatuado” na nuca, qualquer um pode ser Hitman.
No filme o agente 47, depois de uma missão com um desenlace um pouco estranho, passa de caçador a perseguido, o que o obriga a lutar pela sobrevivência ao mesmo tempo que tenta descobrir o que está por detrás dos últimos acontecimentos. Entretanto um agente da Interpol (Dougray Scott), no seu encalce à vários anos, está cada vez mais próximo de descobrir a sua identidade. No meio do tumulto, o implacável e frio Hitman acaba por ter ainda mais uma preocupação, a sensual Nika (Olga Kurylenko), que desperta nele novos e intensos sentimentos.
Para quem não está muito familiarizado com os jogos de computador, o filme não deixa de ser um bom entretenimento. Apesar de algumas (poucas) cenas mais violentas, o filme segue uma estética comum a vários filmes de heróis que invadem as telas de cinema durante os meses de Verão. A questão aqui é se estaremos “do lado” de um assassino ou se “contra” ele.
Por mim, sempre defendi a ideia que não existe preto ou branco, existem sim, várias tonalidades de cinzento. Umas vezes mais claro ou vezes mais escuro dependendo da faceta de cada um que estamos a apreciar. Hitman nunca será um anjo mas tratá-lo como um demónio parece-me de todo injusto.
Quanto ao filme quer me parecer que em breve teremos novidades em relação a uma (ou várias) sequelas.
Não me incomoda!
Até gosto da ideia.
O logótipo de Hitman: