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“Detenção Secreta/Rendition” de Gavin Hood

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The Show Must Go On!
(Ainda que de luto penso que está na hora de prosseguirmos…)


O “ataque” aos excessos da política anti-terrorista da administração Bush conhece novo episódio com este Rendition (= possibilidade dos Serviços Secretos norte-americanos colocarem no estrangeiro prisioneiros indiciados de terrorismo ainda que sem uma acusação formal).

O realizador sul-africano Gavin Hood (vencedor de um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro por Tsotsi) tem aqui a sua estreia em solo norte-americano com um filme provocante, destemido e bem conseguido. Claro que para isso ajuda muito contar com actores como Reese Witherspoon, Jake Gyllenhaal e Omar Metwally, já para não falar de Merryl Streep e Alan Arkin.

No filme acompanhamos 3 histórias que vão evoluindo em “paralelo”. A de Douglas Freeman (Gyllenhaal), um jovem analista da CIA que é responsável por acompanhar um interrogatório a um suspeito de ligações ao terrorismo; a de Isabella (Witherspoon), uma mulher que mergulha nos jogos de interesses políticos para tentar descobrir o paradeiro do seu marido de nacionalidade egípcia e a de Kalhid (Moa Khouas), um jovem marroquino que parece ter seguido o caminho errado.
A ligar isto tudo temos Anwar El-Ibrahimi (Metwally), marido de Isabella e alvo do interrogatório e Abasi Fawal (Yigal Naor), responsável da polícia marroquina onde Anwar se encontra e pai da namorada de Kalhid.

No papel pode parecer um pouco confuso mas quando estiverem na sala de cinema tudo parecerá bem mais fluído mas, também, bem mais real. E no final ainda terão algumas surpresas que tornam este filme numa obra ainda mais cativante e interessante.

Já muitos comentadores de cinema classificaram este ano como o ano da crítica cinematográfica à política bélica da Administração Bush. Depois de Redacted, Lions for Lambs e deste Rendition (já para não falar dos mais “simpáticos” The Kingdom e Charlie Wilson’s War), teremos ainda o prazer de ver In The Valley of Elah que valeu a Tommy Lee Jones uma nomeação para o Oscar de Melhor Actor).

Para já, o mínimo que se pode dizer é que temos uma visão mais alargada (ainda que um pouco imparcial) das consequências desta estratégia de guerra dos EUA.

Pela que podemos ver, algo não vai bem por aqueles lados…

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  1. Anônimo diz:

    Expediente Anwar, Moa Khouas, joven marroquí

  2. Anônimo diz:

    Abasi Fawal…..¿Policía marroquí?

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