“The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford” de Andrew Dominik
Depois da polémica que vos dei conta na Antevisão (das divergências entre realizador, actores e produtores) algo me dizia que estaríamos perante muito mais um filme de autor do que propriamente uma aventura de cowboys. Não que as 2 sejam incompatíveis (vejamos o caso de Imperdoável/Unforgiven de Clint Eastwood) mas desde cedo me pareceu que não era para aí que o filme “caminhava”.
Coincidência, ou talvez não (ao fim de alguns anos vamos ganhando sensibilidade para estas coisas), já na Antevisão tinha referido que o filme não iria agradar a gregos e troianos, e a verdade é que esta segunda obra de Andrew Dominik dificilmente terá o consenso desejado.
Sem dúvida que estamos perante uma obra MUITO intimista, num retrato preciso, ainda que de certa forma desbotado do mais famoso cowboy fora-da-lei de todos os tempos.
Porém, não deixa de ser verdade que o filme a momentos faz-nos lembrar de Manuel de Oliveira (no mau sentido!) com planos que duram bem mais que o necessário para o desenrolar da história, já para não falar nas 2h40 de filme que o tornam num calvário para os mais impacientes.
Claro que no meio disto tudo temos Brad Pitt e Casey Affleck, e só por eles já vale a pena pagar o bilhete! No papel de Jesse James e Robert Ford, respectivamente, os dois actores são responsáveis por duas das melhores interpretações do ano, justificando em pleno os prémios que têm vindo a receber.
Para além das brilhantes interpretações e da realização meticulosa, interessa ainda destacar a cinematografia, com cenários fantásticos do interior norte-americano e uma banda-sonora de qualidade superior transmitindo um misto de tranquilidade e ansiedade que acompanha todo o filme.
Quanto à história não há muito a dizer. Vemos a forma como Robert se inseriu no bando dos irmãos James e de como se aproximou de Jesse. Acompanhamos, em seguida, a evolução da relação entre ambos, ao mesmo tempo que a sanidade mental de Jesse lhe ia pregando algumas partidas (ou, se calhar, simplesmente o alertava para o perigo que o rodeava) até ao desenlace final, tal e qual como enunciado pelo título do filme!
Concordo que o filme possa ser demasiado “mastigado” mas que isso não retire mérito algum à performance dos actores e, também, do realizador, na composição de um dos melhores (e mais extensos!) filmes do ano!
Antes de mais, venho dizer que gostei do blog… Vou ser um “espectador” assíduo 🙂 Vim parar aqui graças ao baresdoporto.com 🙂
E agora algo que não tem nada a ver, o titulo do filme no bilhete tá mal escrito 😀
assessinio? O que é isso?!? 😀
posso postar a imagem no meu blog? Passa por lá e perceberá porque que eu quero a imagem 😀
Ao contrário do espectador anterior, eu DETESTEI o filme!!Passei o tempo toda a olhar para o relógio e o tempo nao passava!Foram 2.40h perdidas!!! Quase que era preciso dar corda para o filme continuar!! Muito mau para mim!!