“Astérix nos Jogos Olímpicos (Astérix aux Jeux Olympiques)” de Frédéric Forestier e Thomas Langmann
A principal vantagem dos filmes baseados em banda-desenhada é que mesmo quando são mauzinhos chegam a ser bons!
A história pode não ser grande coisa, as piadas podem até ser demasiado fáceis, os actores podem não ter pinta nenhuma, mas só de vermos em carne-e-osso, os temíveis gauleses contra os arrogantes romanos já vale a pena ir ao cinema!
Uma das mais caras produções francesas de sempre, o filme aposta tudo na recriação do ambiente, dos cenários e do guarda roupa da obra de Goscinny e Uderzo. Mas depois de tanto investimento esqueceram-se de contratar um actor decente para fazer de Astérix (Clovis Cornillac?!) e uma equipa de argumentistas com 2 dedos de testa.
Os parabéns vão obrigatoriamente para Gérard Dépardieu que continua a encantar com o seu sincero Obélix e para o veterano Alain Delon, transmitindo a dose certa de carisma e narcisismo a Julius Caesar.
No filme Astérix e Obélix são empurrados para os JO da Grécia antiga por Alafolix, o pinga-amor da aldeia gaulesa. Apaixonado pela bela princesa grega Irina, o jovem Gaulês irá aceitar o desafio de Brutus (um consistente Benoît Poelvoorde) e lá seguem todos para o Olímpio. Entre o doping, a corrupção e a batota pura e dura, um justo vencedor surgirá!
Para quem espera que esta 3ª adaptação, de uma das mais conceituadas BD de sempre, seja a merecida homenagem aos seus autores, é melhor baixar um pouco as expectativas.
Agora aqueles que procuram apenas divertirem-se um pouco com as peripécias dos nossos amigos gauleses, façam o favor de entrar. Durante 2h só pensarão na poção mágica, na barriguinha de Obélix e nos incautos romanos sempre prontos para “voar”.
Não sei se será melhor que ler umas “tiras” da BD mas não deixa de ter o seu encanto!
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