“P.S. I Love You” de Richard LaGravenese

Hilary Swank deve ser umas das actrizes de Hollywood com a carreira mais peculiar.

A rapariga tem, evidentemente, muito jeito para representar e não tem uma pancada tão grande que justifique as suas escolhas cinematográficas mas, por uma razão ou por outra, ela tem o dom de se envolver em filmes completamentes distintos, e não falo de géneros, falo mesmo de em termos de qualidade!

A juntar às suas 2 estatuetas douradas (por sinal merecidíssimas), por Boys Don’t Cry e Million Dollar Baby, Swank regista igualmente no seu curriculum filmes tão incompreensíveis como The Reaping, The Gift e The Core!
Presumo que a maioria de vocês nem nunca ouvi falar de tais filmes. Sorte a vossa!

Swank por esta altura já se deve ter arrependido um pouco dessas “aventuras” e nada melhor que um bom romance para alimentar umas das carreiras mais produtivas (em termos de Oscars) dos último anos.

Ao seu lado encontramos o escocês Gerard Butler, cada vez mais um nome reconhecido pelo grande público, sobretudo depois do sucesso estrondoso do seu último filme, 300!

Os 2 formam um par suficientemente louco e convincente para nos fazer crer na história contada: a de um jovem casal que é separado cedo de mais, mas cuja relação perdura por conta de uma série de cartas que Gerry (Butler), o falecido marido, deixou escritas e que são reveladas a Holly (Swank) ao longo do seu período de luto.

Aos poucos, enquanto vamos acompanhando o processo de reabilitação de Holly, graças às indicações que vai recebendo, ficamos também, a conhecer a origem deste amor tão intenso e irracional. Aos poucos, em pequenos flashbacks são-nos revelados os momentos mais marcantes dessa relação, culminando com o momento em que os 2 se conheceram.

Per si, como a história de um amor perdido, o filme já consegue cativar a atenção de muitos. Se juntarmos a isso dois actores interessantes e uma forma invulgar de contar um romance (do fim para o início) temos a receita certa para um filme emotivo, agradável e marcante.

Para mim, o filme já valia pelos primeiros 20 minutos. A discussão protagonizada pelo jovem casal é de uma autenticidade tal, desde o timbre da voz até ao mais pequeno detalhe de linguagem corporal, que facilmente qualquer pessoa/casal se poderá rever. Somos mesmo todos iguais!

Numa palavra apenas: Gostei!

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