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“Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street” de Tim Burton


Depois de 2 filmes mais normais (de acordo com os parâmetros de Tim Burton, é claro!), Charlie and the Chocolate Factory e Big Fish, o excêntrico realizador norte-americano volta ao seu estilo visual mais identificativo: sujo, sombrio, gótico!

Depois de vermos Sweeney Todd no cinema, percebemos que a adaptação do clássico da Broadway à 7ª arte não podia ter outro homem ao leme. A história, o cenário, o sub-mundo retratado na obra de John Logan, encaixam que nem uma luva com a visão bastante peculiar com que Tim Burton nos tem deliciado.

Depois faltava apenas que Johnny Depp aceitasse o desafio. E essa parece ter sido a tarefa mais fácil. À sua 6ª colaboração com Burton, o cada vez mais globalmente apreciado actor de Piratas das Caraíbas, alcança a sua terceira nomeação aos Oscars e o seu 1º Golden Globe, num trabalho preciso de recriação do sedento de vigança, Sweeney Todd!

Para além dos prémios/nomeações de Depp, o filme apresenta ainda como cartão de visita o Golden Globe de Melhor Filme de Comédia/Musical e outras 2 nomeações os Oscars, Melhor Guarda-Roupa e Melhor Direcção Artística. Este último prémio a meu ver dificilmente lhe escapará no dia 24 de Fevereiro, já que o Mundo de Burton/Sweeney é magnificamente recriado, transportando-nos com um detalhe incrível para uma Londres suja, sombria e gótica!

Depois de tantos elogios, faltam apenas as críticas.
A primeira para o fraco encadeamento da história. Essencialmente na segunda metade do filme, nota-se em demasia que se trata da adaptação de um musical. As cantorias serão normais mas há alguns lapsos na história que poderiam ser preenchidos de outra forma.
Número 2, o fraco desenlace da história. Ainda que compreensível o fim deixa-nos um pouco com água na boca, pena que Burton não tenha arriscado ao deixar o seu toque, também, no enredo do filme.
Finalmente, o excesso de “sangue”. Ainda que propositadamente grotesco, por vezes fica a sensação que era desnecessário incomodar tanto o espectador.

Com isto, arrisco-me a dizer que Tim Burton dificilmente um dia gerará consenso perante a crítica e o grande público. Sweeney Todd poderia ser considerado um passo atrás na sua recente veia mais soft. Porém, parece-me que não será esse, pelo menos a curto prazo, o interesse do realizador.

Bem haja!

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