“10.000 AC (10,000 B.C.)” de Roland Emmerich

Há 12 anos atrás ninguém sabia quem era este alemão, na altura “apenas” com 40 anos. Entretanto Independece Day, Godzilla, The Patriot e The Day After Tomorrow tornaram Roland Emmerich num dos mais conceituados realizadores de blockbusters nos EUA. É verdade que a sua obra está longe de ser consensual (aliás penso que nenhum blockbuster alguma vez o será!) mas é incontornável referir que Emmerich marcou o seu/nosso tempo e deixará um legado difícil de esquecer.

Depois de ET’s ameaçadores, um monstro aterrador, a guerra civil americana e um desastre natural, poucos caminhos faltariam percorrer, por isso nada como andar um bocadito para trás na história, aí uns 12.000 anos para apresentar um épico nunca visto.

Infelizmente o grande trunfo no filme é isso mesmo, o retrato de uma “civilização”, de uma forma de viver diferente, crua, selvagem, humana!
Porém, parece que ao filme falta a única coisa que sempre existiu nos seres humanos, a alma, o sentimento, as emoções. Acção, efeitos especiais, grandes animais e grandes feras, um retrato bastante interessante dos diferentes povos que se julgam terem partilhado a mesma época, mas no final um filme sem chama, sem paixão, sem grandes actores (diga-se de passagem!).

Deixando o subjectivo.
D’Leh (Steven Strait) é um jovem caçador de uma tribo cujo principal “ganha-pão” é caçar o animal mais poderoso daqueles tempos, o mamute. Evolet (Camilla Belle) a enigmática menina doe olhos azuis que um dia é encontrada pela tribo de D’Leh, e por quem este se apaixona desde a primeira hora.
Já adultos, na noite que D’Leh se torna líder da sua tribo um grupo de “cavaleiros” saquea a sua pequena aldeia, levando grande parte dos habitantes, incluindo Evolet. Um pequeno grupo liderado por D’Leh forma-se, então, para tentar resgata-los, seguindo no seu encalço. Porém, os riscos do desconhecido são bem mais elevados do que aquilo que poderia parecer e apenas uma inesperada aliança permitirá a este pequeno grupo combater o temível inimigo.

Aquele que será o 1º blockbuster no ano não deixará de impressionar pelo mundo que recria porém, esse parece ser o seu principal (quiçá, único) grande atractivo.

É pena que assim seja!

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Trailer Pt
Trailer 2

Quanto a Camilla Belle vocês conhecem-na mesma é do anúncio da Nespresso.
Não que me paguem a publicidade mas cá fica, mais uma vez, para os(as) mais saudosistas!