“Para Sempre. Talvez…/Definitely, Maybe” de Adam Books
Forma original de contar uma história romântica num filme que parece talhado para (tentar) transformar Ryan Reynolds numa estrela de Hollywood. Claro que, a presença de Abigail Breslin a seu lado, não lhe facilita em nada a tarefa, já que a menina de Little Miss Sunshine tem uma energia e uma alegria que acaba por ofuscar quem a rodeia.
Perante o eminente divórcio dos seus pais Maya (Abigail) convence o seu pai a lhe contar como os 2 se conheceram e como chegaram até àquela situação. Will Hayes (Reynolds) acaba por ceder mas em vez de contar à sua filha apenas o que ela pediu irá aproveitar para por a claro todas as relações que teve na sua vida, nunca revelando a verdadeira identidade de cada uma das suas paixões.
É desta forma que ficamos a conhecer Emily (Elizabeth Banks), April (Isla Fisher) e Summer (Rachel Weisz).
Querendo fugir ao tradicional boys meets girl o filme introduz uma série de personagens (femininas) todas elas representadas por conhecidas actrizes, o que ajuda a manter a qualidade e, sobretudo, o suspense sobre o desenlace final. Claro que no final tudo volta à normalidade mas isso cabe a cada um julgar.
Por mim, o que posso dizer é que fica para a posteridade um bom entretenimento, com uma pitada de originalidade e a dose necessária de competência.
Uma palavra ainda para a curta mas preciosa participação de Kevin Kline, talvez a par de Abigail, o actor que mais parece disfrutar da sua personagem e do seu desempenho.
Para os mais introspectivos pode-se questionar se o filme não será, também, um reflexo da sociedade actual em que os pais solteiros são uma realidade cada vez mais numerosa e em que as segundas oportunidades/núpcias são vistas como algo bastante natural.
Um razoável entretenimento para qualquer hora ou dia da semana.