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“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” de Steven Spielberg


Harrison Ford pode estar a ficar mais velhote mas Indiana Jones continua a ser o mesmo herói de sempre!

Antes de assistir à 4ª aventura tive a oportunidade de rever a trilogia anterior. São filmes muito diferentes entre si mas que no conjunto completam um das obras mais marcantes do cinema norte-americano nos últimos 25/30 anos.

19 anos depois do último episódio, o trio de “protagonistas”, Spielberg, Ford e Lucas, voltam a apostar no arqueólogo aventureiro. Claro está que tanto tempo depois nunca é fácil agradar a tantos fiéis seguidores, sendo bem mais fácil levantar a suspeita de que o negócio terá falado mais alto… ainda que, em boa verdade, nenhum dos 3 precise do dinheiro deste filme para nada!!

O primeiro sinal dos novos tempos está na escolha dos actores secundários.
No papel de vilã, a implacável Irina Spalko, representada nada mais, nada menos do que pela talentosa e vencedora de 1 Oscar, Cate Blanchett. Como fiel “ajudante” Shia Labeouf, a grande aposta de Speilberg e da Dreamworks que a cada filme parece mais talhado para ser uma grande estrela de Hollywood. E poderia continuar a enumerar os actores de qualidade que se aliaram a este projecto, (ver Antevisão) transmitindo-lhe, se é que ainda era necessário, uma dose de qualidade indiscutível.

Voltando ao filme, este está quase como que dividido em 2 partes.
A primeira que funciona bastante mais como contextualizadora para uma nova época, a Guerra Fria e o comunismo, a segunda que facilmente encaixaria em qualquer um dos filmes anteriores, onde se situa a verdadeira aventura Indianesca.
Pessoalmente acho bem mais piada à 1ª parte (cá para mim são as reminiscências da paixão por James Bond!). Dão uma ar de novidade, de “actualidade” ao transportar o herói do chapéu e do chicote para um novo tempo, uma nova realidade mas mantendo aquela áurea inconfundível que nos deixa saudade.

A tudo isto não é alheio a realização de Spielberg (um mestre a realizar blockbuster de qualidade) mas sobretudo o cuidado em manter os pequenos detalhes que encantaram o Mundo à 25 anos atrás. As telas pintadas para fazer os fundos, as cenas de duplos em detrimento do digital, o arcaico mapa a pontuar as viagens de avião, Karen Allen, os posters do filme e até pelas pequenas falhas no argumento se percebe que a magia está de volta e que tudo funciona (quase) como dantes.

Claro está que a partir de certa altura, entramos na verdadeira caça ao tesouro e aqui percebemos um pouco da fragilidade deste filme. Não que a história não esteja bem construída e solidificada, mesmo com aqueles momentos que não convencem muita gente, o problema é que a industria do cinema também aprendeu com Indiana Jones e hoje em dia não bastam os dedos das mãos para contar os heróis aventureiros que se dedicam a resolver enigmas, descobrir “a verdade” ou desenterrar o mais valioso tesouro.

Há 10 anos atrás o Reino da Caveira de Cristal seria um imediato clássico, hoje é “apenas” um fabuloso filme de aventura!

Chega?

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Trailer
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  1. nininha diz:

    Estrelas a mais… o filme nao merece tantas, nem mesmo com o elenco que transporta! Muita ficção para o meu gosto!Era bem mais bonito ver um filme mais “real” do Indiana!

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