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“Speed Racer” de Andy e Larry Wachowski


Pois… e tal ….. mas ……. mesmo assim … ainda que …. OK!

Foram mais ou menos estas as primeiras palavras que me saíram da boca, ou pelo menos que me atravessaram o pensamento, ao sair da sala de cinema.

Desde a trilogia The Matrix que os irmãos Wachowski não se atreviam a colocarem-se por detrás das câmaras. O estrondoso sucesso do 1º e a decepção (dadas as expectativas) dos 2 que se seguiram, tornaram os Wachowski numa “marca” de alto risco!

Pelos vistos eles pouco se importaram com isso e regressam agora à 7ª arte com a adaptação de BD japonesa (ainda que de grande sucesso nos EUA e também um pouco por todo o Mundo), apostando novamente num estilo muito próprio e (pelo que tenho lido) pouco consensual!

Filmado na sua larga maioria sob um pano verde (os “cenários” foram adicionados informaticamente) o filme aposta numa estética arrojada sempre em altas rotações, recorrendo a cores berrantes, muitas linhas curvas e um ritmo alucinante! Não chega a ser um filme de animação mas também não fica muito longe. E aqui começam os problemas…

Speed Racer a meu ver será um filme fantástico para qualquer rapaz de 8-12 anos, mesmo aqueles que nunca ouviram, se quer, falar da BD. Mas para os outros que esperavam/procuram algo mais (ou direi, menos … infantil) a sensação de desilusão pode ser forte demais. Há momentos em o filme entra em sub-enredos e/ou pequenos gags demasiado infantis que deixam uma imagem inconsistente no filme, afugentando públicos mais maduros.
Curioso que hoje em dia, nem mesmo os filmes de animação (ditos, para crianças) se deixam enrolar por essas soluções tão simplistas, e contra isso não há desculpa que safe os irmãos Wachowski.

Agora a verdade é que o filme é algo completamente inovador. Mais uma vez Andy e Larry surpreendem ao apostar em técnicas revolucionárias que transportam o filme para um patamar completamente à parte e (ainda) sem comparação. Cenas de acção, perseguições e corridas arrepiantes, muitos saltos, irreverência e alguns momentos memoráveis, tornam o filme numa referência e num marco cinematográfico em termos tecnológicos.

Pelo meio deste grande circo ainda temos a sorte de encontrar nomes como Susan Sarandon, John Godman, Christina Ricci, Matthew Fox (protagonista da série Lost) e Emile Hirsch (Into the Wild, para breve). Nada mau para um filme que vive dos efeitos técnicos.

Quanto à história, pode ser resumida em 3 frases.
Speed (Hirsch) é um jovem às dos automóveis que segue as pisadas do seu irmão mais velho. Com a ajuda da sua família e de Trixie (Ricci), a sua namorada de longa data, ele está prestes a tornar-se num dos maiores pilotos de corridas de sempre. Porém, existem muitos interesses em jogo por detrás de cada corrida e Speed poderá ser demasiado ingénuo para o perceber…

Pode não nos encher o coração mas de certo será suficientemente para nos encher o olho.
Não esperem mais que isso e acabarão agradavelmente surpreendidos!

Site Oficial
Trailer 1
Trailer 2
Trailer 3
Trailer 4
Trailer 5

Os “bons”:

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