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“Recount” de Jay Roach

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“21.09.2008 – Apenas para completar a informação. O filme acabou de ganhar 2 Emmys, Melhor Telefilme e Melhor Realizador. Parece-me bem!”

Não foi propriamente no conforto do lar que tive oportunidade de assistir a este filme mas, ao fim de 9h de voo, parece-me justo considerar o avião como uma 2ª casa.

Foi assim, no “conforto” do meu lugar da classe económica que me deparei com este Recount, Jamais tinha ouvido falar de tal coisa mas com o carimbo da HBO e o rol de actores que nele pontificava, seria difícil nova desilusão.

A expectativa começou a aumentar quando vi o trailer (sim, andar de avião já tem os seus luxos!). Em poucas palavras pode-se dizer que o (tele)filme acompanha os bastidores, essencialmente jurídicos e políticos, da discussão que parou o mundo em torno da eleição do novo presidente dos EUA em 2000. Mais propriamente os 36 dias que demorou a atribuição da vitória no Estado da Flórida a George W. Bush.

Sem nunca expor ambos os candidatos, o filme escorre as inúmeras “batalhas” jurídicas (e não só) que decorreram nesse longo mês de Novembro. Ficamos a saber os argumentos de ambas as partes, os seus principais protagonistas e as suas principais “armas”. Ainda que parente uma versão tendencialmente Democrática (e estou à vontade para o afirmar uma vez que simpatizo bem mais com eles do que com os Republicanos), ficamos a perceber bem melhor como funcionam as principais instituições (garantes da democracia) nos EUA. E posso-vos garantir que a visão nem é lá muito agradável!

O tema em si já é bastante atraente mas sem dúvida que o elemento mais cativante do filme (produzido apenas para a TV, deva-se dizer) é a qualidade do seu elenco. Nomes como os de Kevin Spacey, Bob Balaban, Ed Begley Jr, Laura Dern, John Hurt, Denis Leary ou Tom Wilkinson apenas ajudam a demonstrar que estamos perante uma obra acima da média.

No meio disto tudo o principal nome a destoar será mesmo o do realizador. Jay Roach que se deu a conhecer ao mundo com as comédias Austin Powers e Meet the Parents, assina aqui um registo bem diferente do que estamos habituados, mas nem por isso de menor qualidade. É verdade que a momentos o filme parece arrastar-se um pouco mas será que a culpa é mesmo dele ou terão sido os verdadeiros intervenientes desta eleitoral confusão a exceder um pouco as medidas?

No final restam 2 ideias fundamentais.
O sistema eleitoral e essencialmente de votação norte-americano é do tempo da pré-história. Países como o Brasil à muito adoptarem um sistema de votação electrónico e uniforme em todo o país.
O sistema jurídico e político norte-americano vive muito mais das relações estabelecidas entre as partes do que necessariamente da verdade e da vontade dos legisladores.

Acima de tudo o filme demonstra que, independentemente do lado em que estivesse a razão, os eleitores a a opinião pública norte-americana são apenas meros espectadores de duas máquinas partidárias que controlam sem escrúpulos e sem receios o presente e o futuro da maior potência do mundo actual.

A verdade tem muitas versões mas apenas …
… duas interessam!

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Trailer:

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  1. fes diz:

    não sei porquê, mas a musica da Britney Spears no trailer é alguma coisa que me está a incomodar imenso…

    beijo! 🙂

  2. Anônimo diz:

    mt bom…tudo lá é por conveniencia!!! o filme só confirma o que os bem informados já desconfiavam!! VIVA O TERCEIRO MUNDO! VIVA O BRASIL E SUA TECNOLOGIA DE PONTA NAS ELEIÇÕES!!!!

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