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“Guerra, S.A./War, Inc.” de Joshua Seftel


6 meses depois da sua estreia nos cinemas e 15 dias após o seu lançado em DVD nos EUA, eis que chega finalmente ao nosso país a mais recente sátira à política bélico-comercial de um povo (talvez o mais correcto seja mesmo, de uma empresa) muito idêntico aos norte-americanos!

Desenganem-se aqueles que esperam um filme sério sobre a estratégica internacional dos EUA e a sua acção sobre “o eixo do mal”. O filme (passados os primeiros 5m) assume na totalidade um tom ligeiro e bem humorado (ainda que bem negro), desmontando, por completo, todos os interesses mais ou menos evidentes por detrás das reais acções militares dos americanos.

Contando com um elenco de qualidade, onde pontificam John Cusack, a sua irmã Joan, Marisa Tomei, a cantora-actriz Hilary Duff e os veteranos Dan Aykroyd e Ben Kingsley, a grande revelação é o realizador Joshua Seftel, não tanto pelo talento demonstrado nesta sua transição da TV para a 7ª arte mas, sim, pela coragem em expor uma forma de pensar (ou de agir) a todos os níveis controversa.

Hauser (Cusack) é um assassínio profissional (ex-agente da CIA) que trabalha para uma entidade ligada ao Governo norte-americano. Quando estala a guerra no Turquistão, ele é para lá enviado afim de “neutralizar” um inimigo (económico) dos EUA.
No meio da devastação e reconstrução do país, rapidamente todas as grandes companhias americanas instalam-se no território, lideradas por uma obscura organização denominada de Tamerlane. , da qual Hauser é o responsável máximo no terreno.
Porém, Confrontado por uma idealista jornalista (Tomei) e uma provocante popstar local (Duff), Hauser irá questionar os seus princípios e ideais, assim como as consequências dos actos que perpetua.

O mais assustador de tudo isto é que existe um fundo de verdade no meu daquele mundo louco e indescritível.
De forma mais ou menos evidente ou mais ou menos deliberada, o sentimento imperialista dos EUA está, por norma, presente em todas as suas decisões político-militares. E ao confrontarmos a ficção com a realidade compreendemos que as diferenças não são assim tão grandes.

Sem dúvida que é preciso ter o “correcto” sentido de humor para apreciar um filme assim tão corrosivo.
Nos EUA teve grandes dificuldades nas bilheteiras (a auto-ironia não é propriamente uma característica do Uncle Sam), esperemos para ver que tal o seu comportamento perante um povo de brandos costumes como os portugueses.

Eu gostei. E TU?

 

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