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“Indetectável/ Untraceable” de Gregory Hoblit


A grande vantagem (ou desvantagem, veja-se o caso de Savage Grace) dos convites para as ante-estreias, é a oportunidade de assistirmos a filmes que normalmente não pagaríamos para ver.

Entre terror, suspense e thriller, ainda vai uma pequena diferença! Pelo que tinha lido e visto na net não conseguia(m) distinguir qual dos géneros classificaria melhor o filme. Por isso entrei no cinema sem saber bem ao que ia, apenas com a sensação que me ia assustar um pouquito e que lá estaria a bela Diane Lane para salvar o dia!

Vejamos. O filme per si não é nada de extraordinário, direi até, um pouco banal! Tentando aproveitar um estilo bastante em voga, a TORTURA (qual Saw ou Hostel), o filme junta alguns calafrios à dose certa de suspense e sadismo, apostando na internet como motor dessa loucura.
É a partir daí que o filme cria o seu argumento mais forte, o voyerismo, ou seja, a capacidade intrínseca do ser humano em querer assistir à vida alheia sem o mínimo de preocupação das consequências que daí poderão advir!

Esclarecendo.
Jennifer Marsh (Diane Lane) e Griffin Dowd (Colin Hanks) são dois agentes do FBI, membros de uma equipa especial de combate ao crime cibernético. Do seu escritório de Portland eles são responsáveis pela detenção dos mais variados criminosos, numa luta destemida através da internet. Porém, um dia recebem uma dica anónima da polícia de Portland para um site diferente que “promete” apresentar ao vivo a execução de pessoas. A situação já é suficientemente macabra, o pior é quando percebem que a cada click o tempo de vida da vítima vai diminuindo…

O realizador Gregory Hoblit (responsável, entre outros, pelo recente Fracture) constrói uma trama suficientemente segura para nos manter atentos bem até ao fim, apesar de a momentos sentirem-se algumas imperfeições no argumento.
Mais importante que isso, opta por esconder um pouco a sordidez da situação, preocupando-se bem mais com o lado sociológico e psicológico da situação do que propriamente com a exposição grotesca das cenas mais violentas.

No final, fica um interessante ensaio sobre a sociedade actual e os seus valores!
… e um fim mediano!

Site Oficial
Trailer

Já agora visitem o site www.killwithme.com/
Ajuda a perceber um pouco melhor do que vos falo.

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  1. Aline diz:

    Merecia mais pipocas.. não é propriamente o estilo de filme que me cativa, mas não posso deixar de frisar que foi uma boa surpresa… afinal os humanos são mesmo uma coisa muito feia!! Literalmente “a curiosidade matou o gato” Vejam o filme e depois perceberão!

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