“Um Padrasto para Esquecer/Mr. Woodcock” de Craig Gillespie
No passado dia 7 de Outubro tive a oportunidade de escolher entre a ante-estreia deste filme ou a de Savage Grace. Optei pelo 2º, com as consequências já aqui explicadas!
Para meu ténue descanso pude agora comprovar que a escolha era bem mais complicada do que o que pensava.
O que um tem de provocante, o outro tem de desinteressante.
O que um tem de chocante, o outro tem de retardante.
Onde um causa repulsa, o outro causa bocejo.
No entanto, ambos convergem pelo menos num ponto, o esquecimento!
Repleto dos mais variados estereótipos típicos de filmes “para adolescentes”, a história vai-se atropelando em detrimento das piadas fáceis, as personagens têm a credibilidade de um político em época de eleições (nem me arrisco a comentar as secundárias) e os actores, com a louvável excepção de Billy Bob Thornton, acabam perdidos nesta marasmo.
Seann William Scott ainda não conseguiu fugir à imagem de American Pie (mesmo 10 anos depois do início do franchising), Susan Sarandon continua a acumular papéis meramente decorativos (Speed Racer, Enchanted…) e os restantes complementos aparecem e desaparecem sem o mínimo interesse.
Sobra Billy Bob e a sua encarnação do exigente, rude e antipático professor de Educação Física do liceu que trata todos por igual, sejam eles idosos, asmáticos, gordinhos, atados, peneirentos ou desleixados. Recuperando a imagem de filmes como School for Scoundrels ou Bad News Bears, o ex-marido de Angelina Jolie, carrega o filme às costas e é o único ponto brilhante nesta obra.
Perante o sucesso do seu livro de auto-ajuda John Farley (Scott) é convidado a regressar à sua terra natal para receber o prémio local de maior prestígio. Quando a sua mãe (Sarandon) lhe conta que encontrou um novo parceiro Farley parece lidar bem com a situação, até que descobre que ele é Mr. Woodcock (Thornton). Nada mais, nada menos do que o seu odioso professor de Ed. Física do liceu que lhe fez a vida negra (mas daquele negro mesmo escuro!).
Até que ponto é que John irá “aceitar” esse novo homem na vida da sua mãe?
Bem, isto é a parte boa do filme. As situações vão-se sucedendo de forma quase arbitrária mas como não há muito para contar só mesmo o nível de inteligência de grande parte das personagens permite o lento evoluir do filme.
Para os norte-americanos o liceu deve mesmo ser um local traumático!
Maior surpresa só mesmo o facto de Craig Gillespie ser igualmente o realizador que nos encantou com Lars and the Real Girl… já não se pode confiar em ninguém!
Como visitante habitual do blog, venho responder ao apelo do meu amigo CS, e colocar um pequeno comentário.
Eu não vi, nem vou ver este filme. Aqui está a grande utilidade deste blog.
Isto porque o meu critério para escolher filmes, quando desconhecidos, passa pelos actores, e pela CAPA.
Esta capa assusta qualquer pessoa…
Pelo que só iria ver o filme se tivesse obtido boa classificação do CS.
Coincidência ou não, o critério da capa do filme serve para excluir logo à partida uma série de porcaria.
Abraço