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“The Wackness – À Deriva” de Jonathan Levine


Obviamente que é com enorme satisfação que assistimos às ante-estreias dos filmes mais aguardados como 007 ou W. mas o que realmente dá prazer é entrar na sala para ver um filme do qual pouco se sabe e sair de lá agradecido por quem teve a “gentileza” de nos oferecer o convite!

O Prémio do Público no mais recente Sundance Film Festival, já fazia antever que uma pérola estaria a caminho mas há pérolas para todos os gostos e nunca sabemos ao certo que ostra pescámos!

O denominado cinema independente norte-americano está, mais uma vez, de parabéns! Apesar da presença de nomes como Ben Kingsley ou Famke Jenssen, facilmente nos apercebemos que se trata de um filme de baixo orçamento. A linguagem (cinematográfica) utilizada, a temática demasiado corrosiva, a ausência de efeitos especiais, os grafismos, os diálogos, tudo aponta para um “típico” filme independente made in USA.

Algumas comparações a Juno e/ou Little Miss Sunshine podem parecer despropositadas mas, em última análise, estamos a falar de um cinema diferente, igualmente directo, preciso, real!

Verão de 1994, New York City.
Luke Shapiro (Josh Peck) prepara-se para o inferno de mais um tórrido Verão na cidade, enquanto aguarda a sua entrada na faculdade. Luke nunca foi um rapaz popular no liceu mas a sua ocupação extra-curricular, dealer, torna-o reconhecido e apreciado pela maioria.
O seu psicólogo, e também cliente, Dr. Jeff Squiles (Kingsley), ajuda-o a lidar com os seus problemas familiares e pessoais enquanto Luke funciona para este como um escape da sua deteriorada vida sentimental e do o seu casamento em ruínas, com Kristin (Jenssen).
Entre os dois vai nascer uma amizade sincera, cimentada por muita marijuana (e outras drogas leves) e a dose certa de sarcasmo. Para complicar as coisas só mesmo Stephanie (Olivia Thirlby), a enteada de Jeff, que descobre em Luke o parceiro ideal para as longas férias de Verão.

Fora os desempenhos de qualidade de todos os protagonistas (em especial do eterno Ben Kingsley) há a realçar outros 2 aspectos que tornam o filme especial.
Em primeira lugar, a escolha da banda-sonora e a sua interligação com a acção. De forma fluída a música transporta-nos, não só para a década de 90, mas, também, para o estado de espírito de cada personagem.
Por fim, a fotografia utilizada. A gramagem, os cenários, as imagens, o posicionamento da câmara, as cores, as “texturas” fazem de Wackness um pequeno tesouro à espera de ser descoberto!

Um filme honesto que merece alcançar o mais vasto público possível!

Site Oficial
Teaser
Trailer Pt
Trailer “R”

NOTA: Tantas vezes criticados, parece-me justo destacar, desta vez, a qualidade do título em português. Os meus sinceros Parabéns aos responsáveis! Muitas vezes está na simplicidade a melhor opção!

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