“The Wrestler” de Darren Aronofsky

À partida não chegará a tempo de o vermos antes da cerimónia dos Oscars, pelo que teremos de acreditar em quem já o viu e nas imagens que circulam na net (trailer incluído), para nos juntarmos ao coro que anuncia o tremendo regresso (redenção incluída) de Mickey Rourke.

Para os mais novos (assim da minha idade!) o nome pode parecer estranho mas os restantes, para quem Nove 1/2 Semanas, são bem mais do que 66 dias ou 2 meses, Rourke é sinónimo (juntamente com Kim Basinger) de um dos filmes mais eróticos e provocadores da história do cinema!

O problema, pelo menos para Mickey, é que o filme tem já mais de 20 anos, período em que a carreira do actor passou de estrela em ascensão para perfeito desconhecido!

Verdade seja dita o seu ressurgimento iniciou-se com Sin City mas, 3 anos volvidos, parece que o regresso será mesmo grandioso e introspectivo!

Randy ‘The Ram’ Robinson (Rourke) é uma antiga lenda do wrestling, afogado em dívidas, que tenta o lento regresso à fama através do circuito independente (e pouco conhecido/rentável) do mundo do wrestling. Pelo caminho tentará recuperar o carinho e afecto da sua filha, Stephanie (Evan Rachel Wood), ao mesmo tempo que equaciona um possível relacionamento com Cassidy (Marisa Tomei), uma stripper de um bar local.

Elogiado pela autenticidade (ao qual as semelhanças entre o percurso de Randy e Rourke não são alheias), pela simplicidade e pela humanidade transmitida, o filme soma já 2 Golden Globes (Actor e Música, da autoria de Bruce Springsteen) para além de vários outros prémios entre críticos e festivais de cinema, com especial destaque para o Leão de Ouro em Veneza, atribuído ao realizador Darren Aronofsky.

Garantidas as devidas diferenças, o pouco que li e vi faz-me lembrar Rocky (Balboa). Antes de começarem a torcer o nariz deixem-me relembrar-vos que, no longuínquo ano de 1976, Rocky foi contemplado com 3 Oscars, entre os quais, o de Melhor Filme.

Será preciso dizer mais?

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