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“Virtude Fácil (Easy Virtue)” de Stephan Elliott


Já muitas vezes foi discutida a importância de um bom trailer na promoção um filme. Esta situação é ainda mais evidente quando a falta de imaginação, ou de recursos (muitas vezes desculpa esfarrapada!), dificulta o lançamento de um filme.

Fruto da coragem (e, porque não, da loucura) da nova distribuidora e produtora de cinema em Portugal, a Valentim de Carvalho Multimédia, chega-nos, praticamente de pára-quedas, esta mordaz comédia, totalmente british, … mas com um trailer suficientemente atractivo para captar atenções (pelo menos a minha!).

Foi, portanto, graças ao visionamento do trailer, e (deva-se dizer) a um elenco conhecido (Jessica Biel, Ben Barnes, Kristen Scott Thomas, Colin Firth), que me alapei para um sala de cinema – uma das poucas do país onde o podemos (ainda por cima apenas 2 sessões por dia!).

Easy Virtue é a adaptação para cinema, da peça de teatro dos anos 20, da autoria do dramaturgo inglês Sir Noel Coward.
E nota-se de início ao fim!

A acidez dos diálogos e a expressão corporal das personagens tipicamente british, o cenário totalmente consignado ao interior e espaços circundantes duma majestosa habitação de campo de uma burguesa família inglesa e uma recriação de época detalhadamente instruída para nos fazer sentir em casa em pleno espaço rural, em inícios do século XX.
Por outro lado, a permanente teatralidade da acção é evidente pela reduzida movimentação das personagens (na generalidade as cenas são confinadas a um espaço reduzido) e na imensa relevância atribuída aos diálogos, apenas eles, motores da acção.

Com isto tudo quer-se dizer que quando John Whittaker (Barnes), o filho varão de uma conservadora família da alta sociedade inglesa regressa a casa com a sua inesperada esposa, a glamourosa, extrovertida e norte-americana Larita (Biel), a reacção da sua família, e demais conhecidos, pode-se considerar, eufemisticamente, bastante “tensa”!
Desde logo, a sua mãe (Thomas) e as suas irmãs mantêm uma forte reserva perante esta inusitada “intrusa”, enquanto que o seu pai (Firth) parece ser o único a compreender e aceitar a nora.

Perante a fontral “declaração de guerra” da sua sogra, nada mais resta a Larita do que responder com as mesmas armas, lutando pelo seu casamento e pela sua dignidade, mesmo que isso signifique chocar sucestibilidades, questionar tradições e colocar a nu hipocrisias…

Em suma, um filme que excede consideravelmente as expectativas, o que também não seria, à partida, difícil, dada a sua ausência!
Haverá melhor sensação, antes de entrar numa sala de cinema, do que esperar NADA deste!?

Já agora, depois disto, quantos de vocês não gostariam de aprender a dançar tango?!?

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