“Virgem aos 40 Anos (The 40 Year-Old Virgin)” de Judd Apatow
Há 4 anos atrás uma comédia com Steve Carell, realizada e escrita por Judd Apatow era algo estranho para mim!
Carell era um dos muitos comediantes da TV norte-americana especializado em fazer figuras tristes (ainda que com alguma piada) e Apatow era … bem Apatow não era ninguém!!
Hoje facilmente percebemos que o filme marcou o início do mais prolifero criador/impulsionador da nova comédia norte-americana, marcada por um estilo mais agressivo, sexualmente libertador (ou libertino) mas sempre dentro dos limites (intelectualmente) aceitáveis e acompanhado de um bom gosto invejável!
Quanto a Carell a sua figura não mudou assim tanto! No entanto, a sua escolha de projectos sofreu um aumento de qualidade importante, garantindo-lhe uma projecção internacional inacessível à grande maioria dos cómicos norte-americanos. Oxalá assim continue!
Andy (Carell) é um introvertido e solitário trabalhador de uma mega-store de electrodomésticos que … digamos … ainda não facturou! Quando os seus colegas de trabalho descobrem que o seu amigo de 40 anos permanece virgem, assumem como missão urgente “corrigir” esse LONGO percalço.
Claro está que os métodos utilizados não serão os mais recomendáveis nem eficazes e tudo se complica quando Andy se apaixona profundamente por Trish (Catherine Keener), uma independente e empreendedora mãe solteira.
Outra das relíquias deste filme é encontrar (pela 1ª vez) a trupe que acompanha normalmente Apatow nos seus múltiplos projectos, falo-vos de Paul Rudd, Seth Rogen e Jonah Hill, actores/argumentistas que visivelmente desfrutam de cada momento!
Para além de ser um filme “aceitavelmente bom”, ele marca o início de um dos mais importantes “movimentos” do cinema norte-americano do séc. XXI! Goste-se ou não do estilo, a comédia jamais voltará a ser como dantes… FELIZMENTE!
A TV ainda passa filmes “actuais” de qualidade… a horas aceitáveis!
Bem hajam!
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