“A Namorada do Meu Melhor Amigo (My Best Friend’s Girl)” de Howard Deutch
Numa altura em que a “crise” se instalou no espírito de cada um de nós, carregando consigo todo o drama e pessimismo a ela inerentes, o cinema funciona ainda mais como um escape deste mundo real.
Digo isto não para justificar a recente opção por filmes mais ligeiros, em detrimento de obras mais angustiantes ou intensas, mas para lembrar que ir ao cinema pode ser um óptimo remédio!
No final, o cinema não deixa de ser entretenimento e (para mim) nada como 2h numa sala escura a sorrir, rir e gargalhar para levantar a moral e iluminar o espírito!
Kate Hudson tem tido uma carreira bastante irregular, Dane Cook ainda espera por fazer um filme com pés e cabeça, Jason Biggs será sempre American Pie e Alec Baldwin percorre a longa curva de declínio da sua carreira, ainda assim, foi com optimismo que encarei o filme…
E, já várias vez aqui o afirmei, a predisposição com que encaramos um filme (especialmente as comédias) é meio caminho para a nossa opinião final.
Se já estava bem disposto quando entrei, melhor me senti à saída!
O filme não será nenhum poço de originalidade ou de virtuosismo mas, tentando ao máximo seguir a corrente Judd Apatow, acaba por nos proporcionar alguns momentos de puro gozo, pontuado por um humor corrosivo e, a momentos, até mesmo ordinário!
Entrem descomplexados e na expectativa de serem bombardeados com alguns dos clichés mais espremidos na relação homem-mulher (especialmente entre norte-americanos!). No meio daquele reboliço todo a caça vira caçador, o feitiço vira-se contra o feiticeiro e a comédia vira romance…
Desesperado por Alexis (Hudson) o ter “deixado”, Dustin (Biggs) recruta os serviços do seu melhor amigo para a tentar reconquistar. Tank (Cook) é especialista em resolver discussões matrimoniais, convidando as namoradas dos seus clientes para um encontro “de sonho” que envolve javardices, ordinarices e os mais diversificados assédios/insultos! Recuperadas do pesadelo elas acabam invariavelmente por voltar para os seus antigos parceiros.
Porém, Alexis é um caso à parte e, rapidamente, a situação acaba por fugir ao controlo de todos…
Longe de ser um filme muito recomendável, será, por ventura, a melhor comédia em cartaz nos dias que correm!
… logo, a solução ideal para as amarguras do dia-a-dia!
Atrevam-se!
Só duas pipocas e meia?? uf… nao entendo… só o menino Cook vale isso…. 🙁
Gostei da ideia da história, mas não gostei no que o filme se tornou. Tornou-se num filme bastante cliché, previsível e algo aborrecido. 2*