“À Noite, No Museu 2 (Night at the Museum: Battle of the Smithsonian)” de Shaw Levy
A grande incógnita em redor desta sequela, residia na capacidade (ou mesmo possibilidade) de revisitar uma história que parecia esgotada na “primeira noitada”.
Aproveitando a época natalícia de 2006, Ben Stiler protagonizava uma refrescante e imaginativa comédia familiar que não encantando, acabava por agradar (e facturar) o suficiente para garantir a sua continuação.
Ora nem mais.
Praticamente 2,5 anos depois de Night at the Museum, praticamente toda a equipa está de regresso… alterando-se apenas o cenário.
E se o Museu de História Natural de New York já era um encanto, que dizer do “complexo” de museus da Smithsonian Institution, com dezenas de museus e diversos centros de pesquisa, situados em pleno National Mall, em Washington D.C.
Facilmente se percebe que as opções eram muitas e o filme acaba por tirar partido dessa imensa variedade (de obras e personalidades em exposição, assumindo pleno destaque o espaço dedicado à Arte Moderna e o Centro de Pesquisa Aeronáutico.
A partir da premissa apresentada no 1º filme (para quem não viu, escuso-me a revela-la!), o filme “dá vida” a um conjunto distinto de elementos para lá dos nossos já conhecidos Teddy Roosevelt (Robin Williams), Jedediah (Owen Wilson) ou Octavius (Steve Coogan).
Dando maior relevância à forma do que propriamente ao conteúdo, este novo capítulo constrói uma trama deveras frágil (e com muitas pontos soltas no final) apenas com a consistência suficiente para encadear uma série de bem-humoradas peripécias que ajudam a entreter o espectador enquanto segue a sua viagem pelo História.
Renovam-se os vilões, renovam-se os heróis, mas tudo permanece nos ombros do guarda-nocturno, agora empresário de sucesso, Larry Daley (Stiller), que estará de regresso para salvar o dia… ou a noite, melhor dizendo!
De entre as novas atracções destaca-se a aviadora Amelia Earhart (Amy Adams), Abraham Lincoln, num formato bastante cinzentão, e os inconfundíveis Al Capone (Jon Bernthal) e Napoleão Bonaparte (Alain Chabat).
Nota negativa apenas para Hank Azaria, no importante papel do faraó Kahmunrah, num desempenho demasiado colado ao típico nonsense das comédias norte-americanas de série B.
Apesar do seu novo emprego, Larry (Stiller) permanece bastante apegado aos seus amigos nocturnos. Quando uma nova política dos Museus transfere alguns dos nossos famosos protagonistas para outro local ele está lá para se despedir…
Porém, no logo na 1ª noite, Larry recebe um telefonema estranho de um dos seus amigos a pedir auxílio. Munido da arma perfeita (a sua lanterna) e de novo com a farda que tanto estima ele estará de regresso, desta vez num palco digno de estrelas!
Curiosamente, ao contrário de muitos filmes do mesmo estilo, o final acaba por ser um dos seus pontos mais positivos, encontrando aí a justificação máxima para esta sequela.
Nos entretantos temos 1h30 de bom entretenimento, algumas surpresas cativantes, um argumento de vão de escada e muita magia no ar – literalmente!
Vale a viagem, mais não seja por ter batido Terminator: Salvation na bilheteira nos EUA.
Deve querer dizer alguma coisa… não?