“The Soloist” de Joe Wright
Imbuído na hercúlea tarefa de colocar em dia o blog, acabei por negligenciar o espaço destinado a antever os próximos acontecimentos (diga-se, filmes) que pairam sobre as nossas salas de cinema.
Ainda assim, diga-se em bom abono da verdade, também não houve assim tantos motivos para tal (nem se avizinham, aliás, num futuro próximo!).
A principal/única excepção será mesmo este The Soloist!
Há praticamente um ano que ouvi falar no filme pela 1ª vez.
Robert Downey Jr. estava prestes a concluir um ano realmente fantástico. Iron Man tinha-o tornado numa estrela planetária (ao nível de nomes como Will Smith ou Johnny Depp) e Tropic Thunder tinha-lhe garantido os mais rasgados elogios da crítica, levando-o mesmo à sua 2ª nomeação aos Oscars (ainda que como Actor Secundário), 16 anos depois de ter deslumbrado com(o) Chaplin.
The Soloist poderia ser o filme que lhe valeria a distinção máxima (a ele ou a Jamie Fox, já agora) no entanto, a distribuidora optou por “preservá-lo” para o ano seguinte, sob pena de não ter capacidade (financeira) para a adequada e necessária campanha de marketing implícita a filmes com tão altos objectivos.
Acabou por estreá-lo em finais de Abril(!!) deste ano, uma semana antes de Wolverine. Há idiotas em todo o lado… não é?
Com isto a obra de Joe Wright (o mesmo que nos encantou com Atonement) corre o imenso risco de passar totalmente despercebida. Já o foi nos EUA (pelas razões apresentadas aqui em cima) e a ausência de buzz em torno de possíveis nomeações aos Oscars do próximo ano, dificilmente facilitará a sua performance no resto do Mundo.
Por cá, para além de louvar a opção da distribuidora em lançá-lo somente em pleno Outono (época, em geral, mais propícia a filmes deste género), resta-nos esperar que o público, mais ou menos fiel, esteja disponível para aderir a um filme que apresenta todos os condimentos para se tornar numa obra de eleição.
Baseado em factos verídicos, o filme acompanha Steve Lopez (Downey Jr.) um jornalista do LA Times que esbarra acidentalmente com um talentoso sem-abrigo. Por sinal Nathaniel Ayers (Fox) trata-se de um prodigioso violinista que devido à sua esquizofrenia se tinha perdido no mundo, vagando sem rumo nem direcção.
Entre os 2 irá criar-se uma inestimável amizade que permitirá a ambos o cumprir dos seus sonhos de uma vida…
Para além dos protagonistas, do realizador e de uma história comovente, o filme conta ainda com a música de Dario Marianelli (vencedor de um Oscar graças ao seu trabalho sublime em Atonement), facto que assume importante relevo ao constatarmos que a música é uma parte deveras importante (se não a mais) da vida (real) de Nathaniel.
Imensas expectativas em torno de um filme que promete ser realmente especial… a confirmar já no próximo dia 15!