“2012” de Roland Emmerich
Blockbuster em pleno mês de Novembro?!?
Ainda por cima realizado pelo alemão Roland “criador de catástrofes” Emmerich?!? Responsável por outros sucessos de bilheteira como Independence Day e The Day After Tomorrow!
Que se prepare o rufo… porque a Terra vai “tremer”!
Mais uma vez, tal como acontece quase sempre (a excepção será 10,000 B.C.), Emmerich volta a cumprir em pleno, apresentando um filme pleno de acção, emoção, tensão e … efeitos especiais!
Partindo da ancestral profecia da civilização Maia que previa o fim do Mundo (tal como o conhecemos) para o ano 2012, é construído um cientificamente plausível cenário, no qual o nosso planeta será alvo de drásticas e repentinas alterações.
Porém, se o futuro da Humanidade e a destruição maciça são os aspectos centrais do filme (fortemente apoiados por efeitos especiais de elevadíssima qualidade), não se trataria de um “normal” filme dos estúdios de Hollywood se não apostasse em igual medida numa série de enredos complementares, onde a família (e o Presidente dos EUA) assume, também, pleno destaque.
Temos o bilionário russo (Zlatko Burić) “dividido” entre a sua (bem mais) nova mulher e os seus filhos. O cientista (Chiwetel Ejiofor) e o seu relacionamento à distância com o pai. O pai divorciado (John Cusack) que tenta reconquistar a atenção e o carinho dos filhos (ao mesmo tempo que lida com a ex-mulher e o seu novo marido). O Presidente dos EUA (Danny Glover), pleno de ideais e convicções que aspiram inspirar a sua sociedade. E o lunático mas convicto profeta do Apocalipse (Woody Harrelson).
Mas estas serão sempre histórias secundárias. O que nós queremos ver (e vemos mesmo) são os intermináveis terramotos, as gigantescas ondas, as erupções terrestres e, finalmente, a construção de um novo Mundo.
Tudo isto regado com algumas surpresas bem guardadas, complexas mas compreensíveis teorias geológicas e físicas (mesmo que negáveis pelos mais letrados) e uma dose, nos limites do aceitável do típico sentimentalismo e sensacionalismo norte-americano.
Em suma, um filme que cumpre plenamente as suas funções e preenche as expectativas do seu público-alvo. Ou seja, entretenimento puro, misturado com as sempre assustadoras e fascinantes teorias do Apocalipse, porém, no registo bem mais encorajador e descontraído do que aquele que encontramos, já este ano, em Knowing.
Bem longe do típico filme do Outono, 2012 acaba por surpreender graças a um argumento suficientemente sólido e a uns efeitos-especiais de elevadíssima qualidade, transformando-o num digno exemplar do verdadeiro cinema espectáculo!
Numa palavra… WOW!!
Eu adorei o filme, prende-nos até ao fim. 5*