“Terapia de Casais (Couples Retreat)” de Peter Billingsley
Férias intercalares, viagem a dois e ainda por cima para o paraíso (mais propriamente Bora Bora, na Polinésia Francesa!). O único senão é mesmo aquele exaustivo programa de aconselhamento para casais!
A inveja, tal como a luxúria e a avareza são pecados mortais! Mas há alturas em que não vale a pena esconder… há mesmo gente com muita sorte!!
É que mesmo sendo trabalho, deve ter dado um gozo imenso fazer este filme! Ainda para mais recheado de malta divertida, bem-humorada e sempre disponível para a galhofa!
Vince Vaughn, Jon Favreau e Jason Bateman, encabeçam um elenco “de combate” onde pontificam igualmente Mallin Akerman (Watchmen), Kristin Davis e Kristen Bell, não esquecendo Jean Reno.
Partindo deste elenco totalmente incontrolável o estreante realizador Peter Billingsley acaba por se safar de forma bastante convincente apenas manchada por um ou outro exagero típico da cultura (mais brejeira) norte-americana.
4 casais – aos protagonistas já anunciados acrescenta-se os afro-americanos Faizon Love e Kali Hawk – refugiam-se num resort paradisíaco especializado em aconselhamento matrimonial, ainda que apenas Jason (Bateman) e Cynthia (Bell) estejam activamente interessados na terapia.
No entanto, para surpresa de uns e desgosto de outros, as suas relações serão minuciosamente analisadas por um especialista/guru amoroso (Reno), levando-os a colocar em causa ou desvendando (dependendo dos casos) aspectos bastante sensíveis das suas relações.
Em pleno Inverno chega a roçar o mal gosto (ups!) lançar uma comédia adulta em que o cenário principal é uma qualquer ilha paradisíaca!
Porém, seria de todo injusto analisar o filme de acordo com os nossos sentimentos mais mundanos e deixar em claro que estamos perante um bom entretenimento que ajuda a levantar o moral e a preparar o nosso espírito mais fraterno para a época natalícia que se avizinha.
Parece por demais evidente que Billingsley acaba por tropeçar em alguns dos chavões mais desnecessários do cinema humorístico norte-americano mas, também, seria injusto não destacar que Vaughn e Favreau (principalmente) até se comportam de forma minimamente aceitável e que o argumento, apesar de algo simplista e previsível, tem os seus momentos, conseguindo manter a postura durante a larga maioria do filme.
Não é nenhuma obra de arte… mas também ninguém lhe pediu para ser!
E que dá vontade de ir para Bora Bora… lá isso DÁ!