“The Road” de John Hillcoat
Nestas últimas semanas tem sido difícil acrescentar ao blog nada mais do que os filmes que temos assistido. Em falta encontra-se um ou outro filme da rubrica Home Cinema e, acima de tudo, as Antevisões. É que se neste final de ano as poucas estreais que merecem tal distinção até têm sido contempladas com tal honra, com o início de 2010 (e a chegada dos ditos filmes Oscarizavéis) muitos serão os filmes que merecem a nossa atenção. E nada como começar pelo início…
Depois de em 2005 ter conquistado (sobretudo no seu país de origem) vários prémios graças ao contundente The Proposition, o realizador australiano John Hillcoat tem agora a oportunidade de se tornar numa referência global ao adaptar a infausta obra de Cormac McCarthy.
Assim, a frio, custa a perceber a amplitude do acontecimento mas se acrescentarmos que The Road ganhou em 2007 o venerado Pulitzer Prize, que McCarthy é também o autor de No Country For Old Men e que o elenco é preenchido com o enigmático Viggo Mortensen, a bela Charlize Theron e o jovem Kodi Smit-McPhee, dá para perceber que a coisa é seria, certo!?!
Pai (Mortensen) e filho (Smith-McPhee) vagueiam sem rumo num Mundo pós-apocalipto. Sem recursos nem direcção, ambos irão enfrentando perigos inestimáveis, dependendo apenas um do outro para sobreviver!
Entretanto, em densos flashbacks, iremos conhecer um pouco da sua vida (familiar), anterior ao cataclismo que abalou o mundo.
Ainda mais do que a anterior obra de Cormac, tudo indica que The Road será um filme bastante sombrio, penoso e intenso, não permitindo a ninguém ficar-lhe indiferente. Aliás para todos aqueles que tiveram o prazer de assistir a No Country For Old Men, não será difícil de imaginar o que aí vem (ou talvez não!).
É verdade que não teremos os irmãos Coen na realização mas, pelo (pouco) que conheço de Hillcoat e pelas imagens que já pude ver do filme, o difícil será estarmos perante algo ligeiro e descontraído!
Aos mais jovens pede-se apenas que fiquem por casa e aos restantes que demonstrem de que é feito um Homem de barba rija (no sentido lato, subentenda-se)!
É que Cormac McCarthy não é para qualquer um…
… mas lá que é obra de qualidade, disso não tenham dúvidas!