“O Mistério dos Exames Roubados (Assassination of a High School President)” de Brett Simon
Já várias vezes aqui mencionamos que para além de nos permitir sermos os primeiros a ver as grandes estreias do cinema internacional no nosso país, as antestreias permitem-nos assistir a filmes que dificilmente, seja pela sua fraca promoção, seja pela presença de outros itens de maior valor, iríamos ver.
Este Assassination of a High School President caí que nem uma luva nesta última categoria… e ainda bem que ganhámos os bilhetes!
À partida não parecia mais do que um filme para adolescentes norte-americanos viciados no permanente julgamento de popularidade lá do liceu da terra. As duas únicas notas dissonantes eram a presença de Bruce Willis e o facto do filme ter estreado – com algum impacto – no respeitoso Sundance Festival (ainda que isso já tivesse sido em 2008!).
Partindo do típico filme de adolescente, a obra de estreia de Bret Simon evoluiu para um complexo jogo de interesses e suspeições onde ninguém é forçosamente quem aparenta ser. De surpresa em surpresa vamos ficando a conhecer um pouco melhor, cada um dos parasitas (cada um à sua maneira) que habitam o campus escolar.
No final de contas ninguém de safa ileso … mas isso, se calhar, já é falar de mais, não?
Bobby Funke (Reece Thompson) é um anónimo estudante de um liceu católico que ambiciona ser admitido numa conceituada escola de Verão para jornalistas de investigação mas as suas perspectivas não são muito animadoras. Quando a responsável do jornal da escola lhe incumbe de fazer um artigo sobre o mais popular dos alunos da escola, Funke estava longe de imaginar os segredos que iria encontrar e as ramificações da sua descoberta.
De um dia para o outro a sua vida parece mudar e até a inalcançável Francesca Facchini (Mischa Barton) parece ganhar interesse por este introvertido investigador. Mas quando a esmola é grande demais, até o pobre desconfia, não é verdade?!?
Livre de preconceitos e lugares comuns, o filme acaba por se transformar numa agradável surpresa guiando-nos, durante 1h30, por um imenso labirinto de conspirações, artimanhas, falsas aparências e inocências.
No final saímos com aquela seca sensação de que estávamos enganados… antes… e, por diversas vezes, durante o filme.
Toma lá que é para aprenderes!
Quanto ao título português escolhido ainda dá para perceber a intenção mas… “de boas intenções está o inferno cheio”, ok?