“A Mulher do Viajante do Tempo (The Time Traveler’s Wife)” de Robert Schwentke
Em altura de Mundiais ou Europeus de Futebol é normal que os cinemas aproveitem para despejar nas salas alguns filmes esquecidos que se destinem (em exclusivo) ao público feminino.
Durante 3-4 semanas é ver o rol de comédias românticas e chick flicks que vão estreando em sequência. Há também quem se lembre de recuperar filmes que estrearam nos EUA há quase UM ANO… como este The Time Traveler’s Wife!
… ainda bem!
Promovido como mais um romance dramático com contornos de ficção científica (como o título não esconde), o filme revelou-se numa agradabilíssima surpresa, fugindo a muitos dos estigmas das “banais” viagens no tempo e concentrando-se numa bonita e intensa História de Amor, contada de trás para a frente…ou será do fim para o início? Da direita para a esquerda?
O mais correcto será “…num imenso remoinho”, certo?
Rachel McAdams é a Mulher que dá título ao filme e Eric Bana o Viajante no Tempo.
Depois de despontaram para as luzes da ribalta a meia da década que agora termina, ela com The Notebook e ele com Munich, ambos têm perdido um pouco do fulgor inicial, ainda que sem colocar em causa o seu talento!
Robert Schwentke dá-lhes aqui a oportunidade de contracenarem juntos pela 1ª vez, num registo ligeiramente diferente do habitual mas que poderá ajudar (e muito!) a consolidar as suas carreiras.
Nnão será nenhuma obra-prima, mas é um daqueles filmes que transporta consigo uma aura diferente. Uma história singular que tira imenso proveito da química evidenciada entre os protagonistas e que nos deixa curiosos perante o desenlace final.
E o mais interessante é que mesmo o mais fiel detractor da ficção-científica dificilmente se sentirá tentado a questionar a influencia da imaginação livre (vulgo ficção-científica) no desenrolar do filme.
Depois de uma experiência traumática em criança, Henry (Bana) descobrirá que tem a habilidade de viajar no tempo, ainda que não de forma controlada!
Anos mais tarde, numa dessas “viagens”, irá deparar-se com uma jovem Claire (McAdams) que anos mais tarde se tornará no Amor da sua vida!
Entre as inúmeras viagens iremos acompanhar o desenrolar de uma intensa e bela História de Amor!
Confuso? Nem por isso!
Na tela tudo parece encaixar com perfeição, deixando diminutas lacunas e transportando-nos para aquele universo mágico onde tudo é possível… desde que já esteja escrito (e não digo mais!)
Uma das grandes surpresas da temporada e a demonstração mais que evidente que estas distribuidoras não percebem nada de cinema ao arrastar a estreia no filme durante largos meses, para depois o despejarem nas salas nacionais sem o mínimo de consideração!
Eles não merecem… mas se puderem vão ver o filme!
Não se arrependerão!