“Em Roma (When in Rome)” de Mark Steven Johnson
Daredevil, Ghost Rider e, agora, When in Rome… Mark Steven Johnson não é necessariamente o realizador mais badalado de Hollywood!
Nunca será fácil determinar onde acaba o seu azar, pela dúbia qualidade dos argumentos que lhe chegam à mão (ainda que tenha sido ele o responsável pelos 2 primeiros!) e onde começa a sua falta de talento!
Mas de uma coisa o realizador norte-americano não se livra, o seu nome ficará irremediavelmente ligado as estes 3 filmes!
Depois das aventuras de super-heróis, Johnson arrisca agora na comédia romântica… e o resultado é quase o mesmo! Sem chama nem arte, o filme arrasta-se por entre uma ou outra ideia original e uma série de comuns equívocos.
Ao fim de 10 minutos já dá para perceber onde aquilo tudo vai parar… e só dá mesmo pena de ver Jon Heder, Danny deVito e até os protagonistas, Kristen Bell e Josh Duhamel, perdidos num enredo desinspirado e que infelizmente não tira o mínimo proveito à tão aclamada cidade mais romântica do mundo.
Roma nem chega a ser o cenário da história, é um mero cartão postal (tipo anos 80), resumindo a mítica cidade à Fontana di Trevi (ou del Amor)…
O resto do filme desenrola-se na sempre atraente NYC, com principal destaque para o fascinante Guggenheim Museum, como pano de fundo primordial… mas o filme não era sobre Roma???
Beth (Bell) é uma competente curadora do Museu Guggenheim de New York que vive obcecada pelo seu trabalho. O repentino casamento da sua irmã mais nova, obrigará Beth a uma viagem relâmpago até Roma, onde irá conhecer o azarado Nick (Duhamel).
Porém, o acaso e umas certas moedas irão colocar Antonio (Will Arnett), Lance (Heder), Gale (Dax Shepard) e Al (deVito) no caminho de Beth e a confusão será generalizada.
E confusão é mesmo algo comum a todo o filme!
As personagens até têm o seu quê de peculiares e tresloucadas (atributos fundamentais para qualquer comédia ter sucesso) mas ao fim de algum tempo tudo encaminha-se para o exagero e para o desnecessário, culminando numa imensa simplificação do enredo…
… no típico enleia, enleia, enleia que depois se resolve!
Falta chama, falta magia, falta romantismo e, acima de tudo, falta… ROMA!
No final, mais uma comédia romântica que não fere mas que se esquece facilmente!