“Predadores (Predators)” de Nimród Antal

Fim-de-semana de dose dupla com 2 filmes totalmente distintos. Para começar Predators, o filme produzido por Robert Rodriguez que tenta recuperar, para os nossos dias, um dos mais implacáveis assassinos da história recente do cinema.

Corria o ano de 1987 quando Arnold Schwarzenegger deparou-se pela 1ª vez com esta raça alienígena, num filme intenso e explosivo que lançou o realizador John McTiernan, confirmou o estatuto do Sr. Mister Universo e demonstrou que não é preciso muita gente (apenas uma ideia inteligente e muita coragem) para fazer um filme (série B) de qualidade.

Feitas as devidas apresentações, concentremo-nos, então, no filme em questão.

Adrien Brody é agora o protagonista de uma história em que a presa e o caçador se confundem… constantemente! Brains over muscles parece ser o lema adoptado pelos responsáveis pela recuperação de MAIS UM sucesso dos anos 80. É verdade que continuamos a assistir a momentos de verdadeira carnificina porém, tanto os humanos como os aliens, tornaram-se seres bem mais complexos, mais astutos, maquiavélicos e racionais!

Juntamente com o actor oscarizado encontramos Alice Braga, Topher Grace, Danny Trejo e Laurence Fishburne, entre outros, formando um muiti-facetado grupo de “guerreiros”, cada um com as suas especificidades e perícias muito próprias.
Quanto a Nimród Antal, o realizador de origem húngara constrói um narrativa intensa e viril pontuado por algumas evoluções face ao filme original… mas também por algumas (e merecidas) homenagens à obra inicial.

São poucas as explicações relativamente às razões e acções que conduziram à reunião de um grupo invulgar de durões (e durona) numa inóspita e sinistra selva. Nenhum deles faz ideia de como foram lá parar, a única memória que guardam é da vertiginosa queda-livre antes da dura aterragem naquele lugar.

No entanto, rapidamente todos percebem que este não se trata de um mero exercício mas sim, de uma intensa e cruel luta pela sobrevivência… e o(s) seu(s) inimigo(s) não podiam ser mais implacáveis!

Apesar de assumir apenas o papel de produtor, é sobre Robert Rodriguez que recaiem as maiores expectativas e exigências. O realizador texano, responsável por vários filmes do género (Desperado, Manchete), acaba por ser um bom prenúncio para um filme que certamente irá agradar aos apreciadores do género.
E. no fundo, a questão é exactamente essa. Para os apreciadores do género Predators será um regalo a todos os níveis e uma óptima experiência, para os restantes trata-se de uma obra grotesca e sem grande inovação.

No meio termo ficará a opinião mais honesta e objectiva… se é que é possível falar em objectividade quando se fala de (7ª) arte.

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