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“The Karate Kid” de Harald Zwart


O 1º sinal da nossa “velhice” (cinematográfica) deve ser, exactamente, quando os norte-americanos começam a fazer remakes de filmes que fazem parte na nossa própria infância.

Em época de recuperação dos incontornáveis anos 80, chegou agora a vez de renovar a história do miúdo do Karate.
Mesmo não se tendo tratado de um grande fenómeno de bilheteiras nem de crítica, o original acabou por se tornar numa referência para uma geração que descobria, pouco a pouco, as maravilhas do VHS e dos clubes de vídeo.

O intrépido e inconsequente rapaz que viria a encontrar no Karate (ou melhor, no Kung Fu) a arte que iria moldar a sua vida, fazia-nos a todos acreditar que com trabalho, dedicação e … um mestre inconvencional, qualquer um podia superar as suas limitações e, sobretudo, os seus medos!

25 anos depois, muda-se o cenário, actualizam-se os conceitos e baixa-se a faixa etária dos protagonistas (e, consequentemente, do público alvo) e cá estamos com a versão “séc. XXI” de uma história com pleno potencial para encantar audiências.
Claro que, para aqueles que nasceram a ver Daniel “San”, XiaoDre será sempre apenas uma criança engraçada com um complexo problema de inadaptação…

Desterrado para Pequim, por força do novo trabalho da sua mãe, Dre (Jaden Smith) depara-se com uma “turma de garotos” que não lhe acha muita piada. Se a adaptação a um ambiente tão distinto não seria per si coisa fácil, tudo fica bem mais complicado quando Dre encanta-se por uma singela coleguinha da escola, super protegida pela família e pelos amigos.
De trapalhada em trapalhada, será Mr. Han (Jackie Chan), o biscateiro lá do bairro, a salvar Dre de mais uma coça valente.
Mas tudo tem as suas consequências e a intromissão do seu novo amigo obrigará Dre a assumir as suas responsabilidade…

Para além das deslumbrantes imagens de um país que aos pouco se tem aberto aos olhares externos, o filme vale pela terna relação que se estabelece entre Mestre e Aprendiz. E se Jaden Smith (para quem não sabe filho de Will Smith e Jada Pinkett Smith) não será muito mais que um esforçado miúdo (de 12 anos) a tentar seguir as pisadas de pai e mãe, já Jackie Chan (depois de alguma surpresa em redor da sua escolha) cai que nem uma luva no papel deste amargurado mas dedicado mentor que procura também a sua redenção.

Para os mais saudosistas (nos quais me enquadro), o filme servirá apenas para relembrar uma época e uma história que nos acompanhou durante toda a infância e/ou adolescência. Para os mais novos tratar-se-à, muito provavelmente, de uma obra marcante e elucidativa que os fará pensar e, sobretudo, sonhar com história de superação, coragem e companheirismo.

For old times sake

Site Oficial
Trailer
Trailer 2

O trailer “original”

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