“Hachiko: Amigo para Sempre (Hachiko: A Dog’s Story)” de Lasse Hallström
Acredito que a larga maioria dos leitores deste blog nunca tenham sequer ouvido falar deste filme!
Estreado à praticamente um ano nos EUA (Portugal parece ser mesmo o seu último destino!), o filme manteve-se sempre abaixo do radar apesar da emocionante história que o acompanha.
Não bastasse a história, apenas os nomes de Richard Gere, Joan Allen e do realizador Lasse Hallström (Dear John), deveriam ser suficientes para captar a atenção do grande público.
Porém, esqueçam estes intervenientes, o verdadeiro protagonista (ou protagonistas) é Hachiko, o cão Akita (é designação da raça, ok?) que preenche a tela e o coração de todos (personagens e espectadores!).
Baseado numa história totalmente verídica passada no Japão, em meados da década 20 do século passado, o filme acompanha as peripécias de um cão e da sua fidelidade a um dono.
Transportado para os nossos dias e para os arredores de New York, encontramos o Prof. Wilson (Gere), um pacato compositor musical que um dia encontra um cão perdida na estação de comboios local.
Entre os dois irá-se criar uma relação impensável e fraterna, enfatizada pela “preocupação” do cão em estar presente todos os dias na estação à hora em que o seu dono regressa a casa.
Mas um dia algo de diferente se passará e a lealdade do animal pelo seu “amigo” será comprovada… vezes sem conta!
Não é todos os dias que a emoção despoletada por um filme carrega-me os olhos. Mas há histórias verdadeiramente tocantes, às quais nem o mais frio dos insensíveis conseguiria ficar indiferente!
Mesmo preparados para grande parte da emoção que o filme expõe, será praticamente impossível sair da sala sem um enorme aperto no coração. A história é de uma beleza e de uma sensibilidade angustiante! Alguns dias depois de vê-lo no cinema, a história permanece bastante viva na nossa mente. Para todos aqueles (como eu) habituados a conviver diariamente com “o melhor amigo do Homem”, é uma revelação indescritível!
Talvez como filme, a história perca algum do seu potencial e se assemelhe a um comum telefilme de uma matiné invernal mas se nos cingirmos ao essencial o filme tem, de facto, o poder de nos fazer sentir… mesmo que não seja um sentimento totalmente agradável!
Tenham coragem…
… mas não se esqueçam dos lenços de papel!
O filme tocou-me bastante. Muito mais do que qualquer outro. É devastador. :'/
Cumps, e great blog!
Para mim….um dos melhores…..o único em 32 anos de existência que me pôs a chorar:(((