“Panda do Kung Fu 2 (Kung Fu Panda 2)” de Jennifer Yuh

Depois do imenso sucesso de público em 2008… a inevitável sequela!

Kung Fu Panda era um filme totalmente direccionado para crianças, fruto de um conjunto de personagens cativantes e de um enredo simples, directo e (demasiado) infantil.
Em suma, via-se que havia ali potencial artístico mas muito dificilmente seria suficiente para convencer um público mais abrangente!

O segundo capítulo parece fazer destas críticas a sua preocupação principal. Sente-se uma aposta nitida numa história bem mais complexa (temporal e geograficamente), na introdução de novas e peculiares personagens e na criação de uma série de enredos paralelos que permitam diferentes futuros para um protagonista ” de peso”!

Ao fantástico elenco de vozes do original, são acrescentados, agora, nomes como Gary Oldman, Michelle Yeoh, Danny McBride, Dennis Haysbert ou Jean-Claude Van Damme, reforçando ainda mais a estratégia da Dreamworks em apostar no apelo irresistível dos actores de carne e osso!

Ainda assim, o filme pertence quase por completo a Jack Black e ao seu legendário Panda, perito em artes marciais e em… noodles!!

Retomando a acção praticamente onde o 1º filme a deixou, encontramos Po (o Panda!) entretido com a sua aprendizagem e com o seu novo papel de líder da implacável equipa de mestres do kung fu que garante a paz e a harmonia perante quaisquer intrusos ou ladrões que povoem o território chinês. Porém, um desses inimigos irá surpreendê-los ao provocar no enorme Panda, uma inexplicável sensação de déjà vu!
Entretanto algures no imenso império, um poderoso e temível engenho destruidor colocará em risco o futuro do kung fu! Perante esta ameaça o Mestre Shifu (Dustin Hoffman), encarregará Po, Tigress (Angelina Jolie), Monkey (Jackie Chan), Mantis (Seth Roger), Viper (Lucy Liu) e Crane (David Cross) de deter o Lord Shen (um rancoroso pavão branco), de forma a garantir a paz… e o futuro do kung fu!
Pelo caminho, Po ficará a conhecer um pouco melhor as suas origens e… o seu destino!

Entregue a Jennifer Yuh (membro da equipa técnica que concretizou o 1º capítulo), o filme aposta muito mais num enredo elaborado e na qualidade das cenas de acção, em detrimento da ligeireza que pontuava o seu antecessor.
O único senão é que com tanta preocupação em acrescentar estórias à vivência de Po, os mais novos acabam por perder um pouco o fio à meada, tal a quantidade de flash-backs e acções em paralelo que se desenrolam perante os nossos olhos.

Claro que, indiferentes a esta situação, os mais novos ficam encantados pela irreverência de Po e pela coragem e destreza dos seus amigos. Para acrescentar emoção temos ainda o 3D que, embora longe da magnitude de outros trabalhos, cumpre eficazmente o seu papel, ajudando o filme no processo de encantamento dos espectadores (pequenos ou graúdos).

Ainda que perdendo, inevitávelmente, a frescura do primeiro capítulo, a sequela acaba por superar as expectativas ao aventurar-se por entre um cinema mais elaborado e abrangente sem, contudo, nunca descurar os seus verdadeiros fãs…. os mais NOVOS!

Nota positiva!

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