“Lanterna Verde (Green Lantern)” de Martin Campbell
Tenho pena por mim mas, também, por Martin Campbell…
Nem eu nem ele merecíamos isto!
Depois do sucesso alcançado com Zorro e James Bond (Casino Royale), o realizador neozelandês deparou-se agora com um super-herói intergalático e… é difícil explicar o que aconteceu!!
Green Lantern é tudo o que um blockbuster do século XXI… não pode ser! Indo directo ao assunto, ao pé disto o Batman & Robin (aquela histeria com George Clooney), parece uma obra séria, precisa e cativante … ainda que continue a parecer uma palhaçada, ok?!
Para além dos fatos sensuais, dos super-vilões planetários de trazer por casa e dos protagonistas sem o mínimo de carisma, a vantagem de… Batman é que não tentava ir ao bolso da malta com um 3D que se vê de olhos fechados, pois não existe!
Considerações visuais e artísticas à parte, a grande lacuna do filme parece começar na forma volumosa e arrogante como nos transporta para uma realidade demasiado estranha. Se há elemento comum a todas as recentes adaptações da BD à 7ª arte é a sua preocupação em transmitir um ar verosímil e coerente as estes mundos diferentes. E Green Lantern falha redondamente neste capítulo!
Pior que isso só a naturalidade com que os cidadãos comuns lidam com situações (tal como a queda do helicóptero) totalmente desligadas da nossa normalidade. Hal Jordan (Ryan Reynolds) ainda será aquele que durante mais tempo estranha a sua condição mas, até ele, rapidamente assume como banal a sua condição…
Fica no ar a ideia que o filme poderia ter seguido um rumo bem distinto, mas fica, sobretudo, a certeza de mais uma oportunidade perdida (na adaptação de um herói da DC Comics).
Reynolds limita-se a uma série de clichés mais ou menos banais. Peter Sarsgaard, Mark Strong e Tim Robbins fazem o que se lhes manda e Blake Lively falha como interesse romântico. Resta pouco, muito pouco!
Infelizmente Green Lantern terá sido um tiro ao lado!
Mais do que os restantes, Martin Campbell saiu chamuscado desta história. Esperemos que rapidamente volte à “melhor forma”!