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“Os Três Mosqueteiros (The Three Musketeers)” de Paul W.S. Anderson


Claro que depois de Abduction qualquer obra mais esforçada seria sempre recebida com agrado, ainda assim, à parte do penteado (e do carisma?) de Logan Lerman, o filme até acabou por se revelar uma agradável surpresa!

Seguindo na essência a obra de Alexandre Dumas, o filme de Paul W.S. Anderson tem a ousadia de criar o seu mundo muito próprio mas nunca negligenciando as suas origens.

E sabendo (digo eu) do fraco desempenho do jovem Logan, Anderson teve a habilidade para transferir as atenções
para o trio de protagonistas que dá nome ao filme e para um outro trio de malfeitores, também eles com provas dadas na 7ª arte (Milla, Mikkelsen e Waltz).

No meio deste duelo palaciano encontramos ainda um exuberante Orlando Bloom, num registo invulgar mas que dá outro requinte e dimensão ao terceiro elemento (o lado inglês) desta obra lendária.

Temos espadas, longos vestidos, lealdade, corpetes apertados, valores, traições, ousadia e máquinas voadoras, no lugar de navios! E temos, acima de tudo, um 3D bem acima da média que justifica, como poucos, o preço (premium) do bilhete.

Chegado a Paris, D’Artagnan (Logan) perde pouco tempo em meter-se em sarilhos. A sua ousadia e irreverência fará com que se cruze rapidamente com um trio de mosqueteiros, Athos Porthos e Aramis (Matthew Macfadyen, Ray Stevenson e Luke Evans, respectivamente) rendidos à desilusão por um país invandido pela corrupção e pela ganância de um cardeal (Waltz) ávido de poder.
A seu lado encontramos Milady (Milla Jovovich), uma hábil e sensual “cobra” que manipula tudo e todos em prol do seu luxo e do seu ego… até mesmo um ousado Duque de Buckingham (Orlando Bloom).
Estarão, ainda, os Mosqueteiros (e D’Artagnan) aptos a defender o seu rei?

A história é suficientemente próxima do original para agradar aos amantes da literatura mas igualmente imaginativa para atrair aqueles que nunca ouviram falar de Dumas. Os dirigíveis em forma de navio até podem desgostar alguns mais “realistas” mas se o cinema, em si, tem a obrigação de nos fazer sonhar… porque não pode ele, também, sonhar?

À parte dos Resident Evil, Anderson pouco mais fez na sua carreira. Agora, tirando partido da sua anterior experiência no 3D, arrisca-se numa aventura mais familiar que lhe permitirá, certamente, chegar a outros públicos.
Quanto a mim já o conhecia do intenso Death Race e, na altura, fiquei com a sensação que tínhamos artista…e dos duros! Desta vez enfeitou um pouco mais a coisa… e não se saiu assim tão mal quanto isso!

Faltará, apenas, saber da vontade (dos produtores) em avançar com a justificável sequela!
Esperemos apenas que Logan cresça um bocadito… e que alguém lhe apare aquela gadelha!!

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