“Millennium 1: Os Homens que Odeiam as Mulheres (The Girl with the Dragon Tattoo)” de David Fincher
Antes de chegar às salas de cinema The Girl with the Dragon Tattoo já era um sucesso! Não pelas mãos de David Fincher (que é muito bom mas a não esse ponto!) mas porque resulta da adaptação de uma trilogia literária de grande sucesso (da autoria de Stieg Larsson) que já tinha sido adaptada ao cinema (em 2009) pelo realizador dinamarquês Niels Arden Oplev e pelo sueco Daniel Alfredson.
Se a isto juntarmos 2 nomeação aos Golden Globes (e 5 aos Oscars) e um sem número de outros prémios (e nomeações), será fácil perceber a expectativa em seu redor.
E o mínimo que se pode dizer é que o filme não desilude. David Fincher está no topo da sua carreira (um ano depois de The Social Network), Daniel Craig continua tão fiável como em James Bond e Rooney Mara é uma revelação… incrível!
A história, já todos desconfiávamos, é de uma riqueza invejável, agregando temáticas e surpreendendo a cada passo. O ritmo é electrizante, disfarçando-se de pausado para, de um momento para o outro, revelar uma agressividade revigorante. Fincher é um mestre na arte de criar suspense e ansiedade!
Encontramos Mikael Blomkvist (Craig) um jornalista caído em desgraça, convidado por um conceituado patriarca (de uma das mais poderosas famílias suecas) a investigar um inquietante crime ocorrido há mais de 40 anos, numa pequena ilha familiar.
Mas, em abono da verdade, o filme é muito mais sobre Lisbeth Salander (Mara), uma jovem rebelde, submersa por um sistema corrompido que a condena a ser eternamente “marginal”. Porém, no meio da sua loucura, a jovem tem um dom e será essa qualidade que a juntará ao jornalista para desvendar a horrível verdade por detrás desta família.
Ainda antes das nomeações aos Oscars interrogava-me como é que um filme que faz, assumidamente, parte de uma trilogia poderia arrebatar os principais prémios. E se as sequelas fossem ainda melhores, como seria possível não lhes conceder igual reconhecimento?
Penso que reside aqui grande parte da desconfiança perante a obra de David Fincher. Seria, obrigatoriamente mais prudente esperar pelos próximos capítulos antes de ter uma opinião definitiva.
Para já o filme revelou-se uma obra de eleição, prendendo o espectador do primeiro ao último segundo e deixando antever uma trilogia verdadeiramente fantástica!
Não sei se será possível fazer melhor mas se há alguém, neste momento, que o conseguirá, esse alguém é David Fincher! Percebe-se (a léguas) que o realizador de Se7en, Fight Club ou Zodiac sente-se como um peixe na água neste (sub)mundo sombrio e vertiginosa mas que reflecte em si uma honestidade e uma inocência alarmantes.
É um dos melhores Filmes do Ano, disso não tenhamos dúvidas!
Concordo, este filme está excelente,e é muito salgado, apesar de as cenas de violência e sexo serem precisas e preciosas para o desenrolar do filme, Rooney Mara está completamente diferente e a meu ver se ganhar o Óscar é merecido.