“Um Homem no Limite (Man on a Ledge)” de Asger Leth
No meio da azáfama dos filmes nomeados (ou potencialmente nomeados) aos prémios de melhores do ano, eis que surge uma obra de puro entretenimento, desaconselhado a pessoas com vertigens… e recomendado a quem aprecia uma boa hora de thriller policial.
A 1ª hora é realmente fascinante e electrizante, mesmo que a vezes dêmos connosco a pensar que aquilo seria impossível. Mesmo assim ficamos totalmente presos à intriga e, sobretudo, a Nick Cassidy, o homem… no limite.
A recta final é mais comedida, sente-se a falta de ideias para dar seguimento a uma premissa bem conseguida e o desenlace embora coerente não deixa de demonstrar as suas lacunas.
Mas digo-vos uma coisa, enquanto Sam Worthington se passeia pelo beiral é impossível manter as respiração controlada…
O filme marca a estreia do dinamarquês, Asger Leth, atrás das câmaras e residirá aí, muito provavelmente, a principal limitação do filme. Não digo que a experiência resolva tudo mas certamente ajudaria-o a encontrar outras soluções.
No elenco, para além do australiano Sam Worthington, constam nomes como Ed Harris, Jamie Bell, Elizabeth Banks, Edward Burns ou Anthony Mackie. Gente mais que suficiente para levar o filme a bom porto e manter o espectador contente.
Quanto à história, é muito simples! Nick Cassidy (Worthington) não tem nada a perder e para provar a sua inocência está disposto a tudo. Em pleno centro de Manhattan, ameaça suicidar-se atirando-se do topo de um prédio. Mas enquanto permanece na beirada do seu quarto de hotel, alguma coisa se passa não muito longe dali.
Afinal o que pretende Nick com todo aquele espectáculo?
No meio de filmes mais densos e artísticos sabe sempre bem ter um momento de maior descontracção, ainda que, neste caso, esta venha acompanhada por um intensa dose de suores frios!
Soube bem!