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“Extremamente Alto, Incrivelmente Perto (Extremely Loud & Incredibly Close)” de Stephen Daldry


Depois de 3 nomeações ao Oscar de Melhor Realizador (em outros tantos filmes: Billy Elliot, The Hours e The Reader), Stephen Daldry teve de se contentar com a nomeação para Melhor Filme!

Extremely Loud & Incredibly Close aborda, de forma subtil mas omnipresente, as consequências dos atentados de 11 de Setembro, numa família destroçada pelos acontecimentos.
No entanto, mais do que explorar a sensibilidade norte-americana perante um facto, ainda, tão presente, o filme desenrola-se bem para lá desse fatídico dia.

Apesar da presença de nomes sonantes como Tom Hanks, Sandra Bullock, Viola Davis, John Goodman, Jeffrey Wright ou Max Von Sydow (nomeado ao Oscar de Actor Secundário), o protagonismo é por completo entregue ao jovem estreante Thomas Horn que regista um desempenho impecável na papel de um miúdo autista(?) que tenta perceber a razão dos factos referidos/conhecidos.

Mas Oskar (Horn) é, de facto, um rapaz especial. As suas lacunas a nível social foram desde cedo combatidas pelo seu pai (Hanks) que o incita, constantemente, a novos jogos que potenciem o seu contacto com pessoas estranhas.
Mas quando este morre e Oskar fica entregue aos cuidados da sua mãe (Bullock), o jovem rapaz terá bastante dificuldade em digerir as suas emoções.
Uma enigmática chave (até parece Hugo!), descoberta nos pertences do seu pai irá “obrigá-lo” a um último desafio que o levará numa viagem electrizante pelas ruas de nova-iorque, muitas vezes sozinho, noutras acompanhado por um enigmático e sui generis vizinho (Sydow).

Daldry é um contador de histórias por excelência e senhor de uma sensibilidade bem acima da média, como o comprovam as suas obras anteriores. A coragem demonstrada em deixar um jovem estreante conduzir todo um filme recheado de estrelas e com um argumento altamente sensível, demonstra todo o seu talento como realizador.

Há momento em que desconfiamos dos seus intentos e em que tudo parece direccionar-se para um desinteressante desenlace. Puro engano! O realizador inglês nunca o iria permitir e muito menos o argumentista Eric Roth, responsável por filmes como Forrest Gump, The Insider, Munich e Benjamin Button (para referir apenas aqueles que lhe valeram nomeações aos Oscars!).

A ferida ainda está demasiado aberta para os americanos se permitirem a avaliar, em toda a sua extensão, o impacto deste acontecimento nas suas vidas. Daí que seja louvável a “coragem” da Academia em apontá-lo como um dos (9) Melhores Filmes do Ano.
Mesmo que em termos artísticos não traga nada de novo é um filme carregado de emoções que não sendo DE TODO lamechas, não deixa de provocar aquele arrepio inconfundível na espinha – o equivalente à lágrima no canto, para os mais sensíveis!

Bela História!

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