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“7 Dias en Havana (7 Días en La Habana)” de B. del Toro, J.Medem, P.Trapero, E.Suleiman, G.Noé, J.C.Tabío e L.Cantet

Um pouco ao estilo de Paris, je t’aime e New York, I Love You, Havana também tem direito à sua homenagem cinematográfica.

São 7 curtas-metragens, cada uma representando um dia da semana, realizadadas por 7 cineastas e com ténues relações entre elas. Atrás das câmaras encontramos – de segunda a domingo – Benicio del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noé, Juan Carlos Tabío e Laurent Cantet.

A diversidade é mais do que muita, reflexo de um povo sui generis que vive perante um regime ditatorial que o protege na mesma medida que o oprime e isola de um mundo em constante mudança/evolução. Revelam-se contrastes imensos, situações impensáveis em pleno século XXI mas a mesma necessidade de procurar um futuro melhor.

Começamos com o típico turista norte-americano (Josh Hutcherson) que procura apenas a diversão nocturna em Havana e culminamos com a mais típica matriarca cubana que coloca todo um bairro ao seu serviço em prol de sua religiosidade. Pelo meio vamos deixando a Havana dos estrangeiros para nos irmos entranhando na mais genuína cultura da caribenha.

No entanto, confesso as minhas restrições para com a cidade (nada contra a população ou os seus costumes), e durante as quase 2h00 de filme, pouco é feito para (tentar) mudar essa imagem!

Durante as primeiras curtas, por sinal as mais cativantes e bem conseguidas, a promiscuidade e os excessos de um povo caliente são o denominador comum dos enredos, regados, aqui e ali, pelo olhar curioso dos estrangeiros que nelas pontificam.
Nomes como Josh Hutcherson, Emir Kusturica, Daniel Brühl ou Elia Suleiman formam o contingente “estrangeiro”.

Com o aproximar do fim-de-semana, a obra leva-nos para aspectos mais intrínsecos da cultura (e sociedade) cubana: as superstições, a política, a economia (paralela), a religião, a família e a solidariedade entre iguais, sendo entregue, por completo, a actores locais.

No final, fica uma obra modesta mas precisa que expõe alguns dos estereótipos mais badalados da cultura cubana (e da sua capital), ao mesmo tempo que nos mostra com a devida sensibilidade e recatez aspectos mais peculiares de uma sociedade diferente.

Mais do que uma carta de amor ou um postal de viagens, 7 Días en La Habana é um retrato fiel de um povo e de uma cidade, durante uma semana… normalíssima!

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