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“Django Libertado (Django Unchained)” de Quentin Tarantino


Vou-nos dispensar do prazer de revisitar a obra do grande (e completamente louco) Quentin Tarantino de forma a concentrar atenções em exclusivo neste Django Unchained.

Começamos, então, pelos Oscars®.
Depois de em Inglourious Basterds Christoph Waltz se ter dado a conhecer com um desempenho imaculado, o actor austríaco volta a merecer plenamente a estatueta dourada que dificilmente lhe deverá escapar!
O seu Dr. King Schultz é de uma riqueza e de um primor ao mesmíssimo nível do seu Coronel Hans Landa. E se o 2º lhe valeu um Oscar®, o 1º também lhe valerá!

O Argumento Original pode, também, seguir os passos de Waltz. Tarantino já tem um (provavelmente guardado no WC ou algo do género) fruto, precisamente, do argumento do sublime Pulp Fiction.
Desta vez a complexidade não atinge o mesmo nível, mas a forma como o autor norte-americano revisita o género maior do cinema made in USA, o western, é verdadeiramente cativante.

Faltou a nomeação para Tarantino como realizador. Junto a Ben Affleck, na mesma categoria, serão, muito provavelmente, os dois erros maiores da Academia, este ano. E é, simplesmente, injusto!

Um ex-escravo (Jamie Foxx) revela-se um talentoso caçador de recompensas, graças a um improvável amigo que lhe ensina tudo o que há para saber na profissão. O Dr. King Schultz (Watlz) e Django encetam, então, uma profícua parceria que percorre as planícies e montanhas do Oeste americano, acumulando receitas e… inimigos.
Porém, Django para além da liberdade ambiciona libertar, também, a sua mulher (Kerry Washington), escrava numa vasta plantação algures no Mississipi. E lá que os dois implacáveis assassinos a soldo irão encontrar Monsieur Calvin Candie (Leonardo DiCaprio) e o seu fiel escudeiro e conselheiro, o veterano e astuto Stephen (Samuel L. Jackson).
O tiroteio será… inevitável?

São mais de 2h30 de um vai e volta constante, uma acção interminável e um humor totalmente sarcástico que ajuda a desanuviar nos momentos mais delicados. Logicamente a violência é omnipresente, revelando-se para alguns aqui e ali incomodativa, ou não estivéssemos perante um filme Tarantino.
Ademais, todos os intervenientes cumprem com mestria a sua função e a câmara e os cenários conseguem conduzir-nos harmoniosamente nesta incrível viagem pelo Oeste e a escravatura.

O western e todos os seus ingredientes estão presentes. O realizador do Tennessee apenas lhe junta aquela pitada de brilhantismo e loucura que lhe são tão característicos e que tantos fiéis seguidores já acumulou nos últimos 20 anos (desde Reservoir Dogs!).

Acredito piamente que um dia Tarantino alcançará o (tão almejado) Oscar® de Realização e Filme. Infelizmente não será desta!
Quer dizer, bens vistas as coisas, até nem será assim tão mau, já que assim o fervor e imenso engenho permanecem intocáveis!

Já como actor, Quentin é mesmo fraquinho!
Salva-lhe a cunha que mete, normalmente, ao(s) realizador(es) para que a sua personagem saia de cena… em GRANDE!

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