“O Impossível (The Impossible)” de Juan Antonio Bayona

Ausentes no estrangeiro durante a semana não assistimos à competentíssima campanha de marketing e divulgação do filme e foi, portanto, com imensa surpresa que nos deparámos com a inesperada moldura humana na nossa sessão (e seguintes)!

Sala cheia apenas serviu para aumentar a expectativa em torno de um filme com uma temática (no mínimo!) apelativa, uma nomeação aos Oscars® e a promessa de muitas emoções. E com isto a fasquia ficou alta… demais!

The Impossible é uma obra bastante comovente, baseada numa fantástica histórica verídica de amor, luta e perseverança que resulta num filme interessante… e pouco mais!

Noami Watts acaba por conseguir a sua nomeação bem mais pela capacidade de nos envolver para o drama familiar vivido pela sua personagem, do que pelo seu desempenho em si.
E se Ewan McGregor merece a sua quota parte de reconhecimento nesse feito, seria injusto não destacar igualmente a performance do jovem trio de protagonistas que dão corpo (e sentimento) aos filhos do casal: Tom Holland (temos talento!), Samuel Josin e Oaklee Pendergast.

Véspera de Natal de 2004, tal como muitos outros turistas uma família opta pelas paradisíacas praias do Oceano Índico para passar a quadra natalícia. O cenário é verdadeiramente idílico porém tudo se irá transformar quando, na manhã do dia 26 de dezembro, um devastador tsunami varre por completo a região. No meio do mais completo caos, uma família – assim como muitos outros naqueles dias – não cessará enquanto não estiver de novo reunida!

Para lá da parte emocional, o filme prende pelo crescendo de ansiedade que vai criando na antevisão da fatídica manhã e, como esperado. pelo desenrolar da cena crucial do filme. Apenas relatos podem descrever o que de facto aconteceu mas depois desta composição de Juan Antonio Bayona todos ficamos a perceber (demasiado bem!) o que terá ocorrido.

Em suma, um filme que nos toca a todos mas que, numa análise mais objectiva, acaba por deixar algo a desejar, pela sua incapacidade em nos dar algo mais do que o expectável.
Queriamos mais!

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