“Agora Fico Bem (Now is Good)” de Ol Parker
Com a tenra idade de 7 anos, Dakota Fanning tornou-se numa actriz de verdade, ao contracenar com o grande Sean Penn no filme I Am Sam!
A jovem criança arrebatava, por completo, a maioria das cenas que partilhava com o seu pai especial e obrigava a indústria a centrar olhos numa menina prodigiosa.
No entanto, a sua carreira até à maioridade não foi a mais consistência. Alguns filmes de relevo (com Man on Fire à cabeça) não esconderam um percurso titubeante em que salta à vista o excessivo esforço para garantir papéis e desempenhos distintos…
Oxalá, passado o estigma da adolescência, a jovem actriz possa concentrar atenções simplesmente em actuar.
Curiosamente este Now is Good é um pouco o reflexo dessa evolução. Na primeira parte do filme, enquanto tenta demonstrar a sua raiva e superioridade perante o inevitável, Dakota parece demasiado esforçada e insegura. Na segunda metade, sem a pressão de ser visível, a naturalidade acaba por favorecer a jovem actriz e, consequentemente, o filme!
Tessa Scott (Dakota) padece de uma leucemia terminal, tendo optado, com apenas 16 anos, em parar com o tratamento de forma a poder viver os seus últimos meses longe de médicos e hospitais.
Para organizar o seu dia-a-dia Tessa compila uma to do list mas tudo parece ganhar outro siginificado quando conhece Adam (Jeremy Irvine)…
Objectivamente este Now is Good não traz nada de novo, fazendo lembrar, ainda que numa versão mais juvenil, Sweet November (Charlize Theron, Keanu Reeves) ou A Walk to Remember (baseado no romance homónimo de Nicholas Sparks).
De qualquer forma revelam-se sempre obras bastante emocionais e delicadas, pelo que será aconselháveis aos/às mais sensíveis fazerem-se acompanhar do devido pacote de lenços!
Um filme intenso que deixará até o mais insensível com uma comichão “diferente” no canto do olho. Em termos cinematográficos é apenas mediano mas é impossível ficar indiferente ao seu lado mais sentimental. O romance (de Jenny Downham), então, deve ser desolador!