“G.I. JOE – Retaliação (G.I. JOE: Retaliation) de Jon M. Chu
4 anos depois de The Rise of Cobra, e mesmo depois do meio sucesso que este se revelou, os produtores voltam a apostar nas personagens da Hasbro numa segunda tentativa de criar um franchise lucrativo.
Claro que se no primeiro imperavam os efeitos especiais, um estilo mais descontraído e alguns jovens de cara laroca, desta vez há uma inversão no conceito. Não deixa de ser cinema-pipoca mas mais em linha com a tendência atual.
Desta vez há mais músculo que telas verdes, mais tiros e porrada do que explosões e engenhocas, mais cenários naturais do que computadores. Quanto ao humor, ele continua lá mas agora mais ácido, sarcástico e até… machista!
Antes de prosseguir um aviso importante! Meninas, a personagem do Channing Tatum morre mesmo na segunda ou terceira cena do filme, por isso se vão lá só para ver o “garoto” mais vale deixarem para outra oportunidade, ok!
Com isto Dwayne “The Rock” Johnson assume o protagonismo do franchise, contanto ainda com a colaboração de Bruce Willis e, obviamente, com o regresso de muitos dos elementos nucleares do filme anterior, nomeadamente Jonathan Price (como Presidente dos EUA), Byung-hun Lee (como Storm Shadow), Ray Park (como Snake Eyes) ou Arnold Vosloo (Zartan).
Depois de assumir o poder dos EUA, aprisionando o seu Presidente e colocando um duplo no seu lugar, os Cobra ordenam o extermínio dos G.I. Joe’s. Desse massacre sobrevivem apenas Roadblock (Johnson), Flint (D.J. Cotrona) e Jaye (Adrianne Palicki), os 3 Joe’s é tudo que resta do único grupo de militares que poderá fazer frente ao domínio global ambicionado pelos Cobra e o seu líder, Zartan! Quer dizer, eles os 3 e mais um ou outro “artista” com um elevado sentido patriótico, de honra… e de sobrevivência.
Dá para ver que a história não traz nada de novo ao género. Os bons contra os maus e o fim do mundo (como o conhecemos) como pano de fundo.
O que é realmente diferente são as 3 ou 4 cenas de ação onde o filme tira partido de toda a tecnologia existente e, razão de ser do seu adiamento de 9 meses, da utilização do 3D! Sobretudo a cena na montanha ficará na retina dos apreciadores do género como umas das melhores do género este ano. Eletrizante é o mínimo que se pode dizer a respeito daqueles 5 minutos.
Tens os seus momentos, sem dúvida, porém acabamos por nos ter de contentar com um razoável entretenimento na maioria do tempo.
Bem, mas para quem tinha tudo para ser um fracasso, até nem se saiu assim tão mal, certo?
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