“Monstros: A Universidade (Monsters University)” de Dan Scanlon
Lá teve de ser… Dolce Vita Porto.
Nada contra a Sala 3 ou os Cinemas Zon Lusomundo do Dolce Vita Porto em geral (bem pelo contrário!) mas é com tristeza que constatamos tratar-se da única sala (do norte) onde podemos assistir à versão original do filme.
Percebemos que o cinema é antes de mais um negócio, i.e. que tem de ser rentável, pelo que longe de nós criticar a opção da distribuidora. O que nos entristece mesmo é o incompreensível (para nós!) rumo que o público do cinema de animação tem vindo a delinear no nosso país, nomeadamente no que se refere à sua ampla preferência pela versão dobrada em desfavor da versão original.
Terminado o preâmbulo, regressamos à Pixar!
Monsters, Inc. nunca foi o meu preferido filme saído desta fantástica máquina de fazer filmes de animação de extrema qualidade. A história tinha a sua magia, a qualidade técnica era, como sempre, irrepreensível mas era o ano de Shrek e não havia comparação possível!
Foi assim com alguma desconfiança que encarei (a necessidade d)esta sequela. Mike e Sully afinal tinham um passado (diziam eles) e nós merecíamos saber como tudo começou.
O conceito é interessante, o Campus Universitário é um palco fantástico para iniciar uma (ou várias) aventuras e o mundo Monstruoso é imensamente rico… em personagens, situações e gags.
Como não podia deixar de ser, Billy Crystal e John Goodman voltam a encabeçar o elenco, ao qual se juntam nomes como Helen Mirren, Alfred Molina, Sean Hayes e Charlie Day, para além do regressado Steve Buscemi, no papel de Randy (o único monstro repetente, para lá dos protagonistas).
Mike e Sully são, agora, dois jovens monstros com personalidade totalmente antagónicas. Mike é aquilo que comummente se designa como nerd enquanto Sully é o eterno malandro. O acaso irá cruzar os seus caminhos e como em tudo na vida os opostos atraem-se!
A universidade e toda a sua vivência académica é o pitoresco cenário para uma aventura que irá mudar a vida de todos… da forma mais imprevisível possível.
Percebe-se todo o talento de uma máquina extremamente bem oleada que dá igual atenção tanto ao mais concludente componente quanto ao mais minucioso detalhe. No entanto, esfumado o efeito surpresa, fica a ideia de que estamos perante pouco mais do que um filme sobre jovens universitários, com muito coração, é verdade, mas demasiado longe de uma ideia fresca e original.
Soube a pouco!
Felizmente a Pixar já anunciou que iria concentrar-se bem mais em filmes originais do que em sequelas ou prequelas… felizmente!!!