“Redenção (Hummingbird/Redemption)” de Steven Knight
Jason Statham num típico filme série B mas com bem mais coração do que é seu habitual!
O ator inglês há muito que nos habituou ao seu jeito bruto e rijo de encadear cenas de ação e pancadaria, sempre com o mesmo estilo e dedicação. Umas vezes em filmes mais desinteressantes, outras em obras mais elaboradas, ele é hoje o expoente máximo do cinema de ação e o verdadeiro herdeiro de todos os action figures dos anos 80!
Desta vez porém, a história é bem mais rebuscada do que o normal ou o argumento não fosse da autoria de Steven Knight. Para os mais distraídos bastará dizer que o inglês é o autor do argumento de Eastern Promises (de David Cronenberg)… e sente-se as semelhanças.
O submundo londrino volta a ser o sombrio cenário de uma viagem imprevisível, onde um homem procura voltar “à vida”.
Após um episódio traumático em pleno cenário de Guerra, Joey (Statham) sobrevive nas ruas de Londres por entre drogados, agiotas e delinquentes, procurando esquecer o seu passado.
O acaso irá colocá-lo no local certo para recuperar o seu orgulho próprio e a sua vida. Por entre o céu e o inferno um homem irá moldar o seu futuro.
Hummingbird (ou Redemption como é também conhecido) não acrescentará muito ao currículo de Statham. No seu estilo “barba de 3 dias, cabeça raspada e cara de mau”, o homem continua o seu percurso imaculado no género. É verdade que os papéis parecem repetir-se mas também ninguém pode dizer que há muito a apontar-lhe. Quem gosta, gosta… quem não gosta, que se amanhe!
Steven Knight assina aqui a sua estreia na realização, o que ajudará a explicar alguns desequilíbrios na dinâmica do filme, com especial destaque para a confusa relação de Joey com a sua família…
Mas, por muito que o enredo transmita ao filme uma componente dramática interessante, não será necessário enfatizar que estamos perante um típico filme Statham. Muita porrada, aquele estilo implacável e um um ou outro arrepio na espinha quando os ossos começam a partir!
Quem gosta de um, acaba por gostar de todos! Em dois anos The Mechanic, Blitz, Killer Elite, Safe, Parker e, agora, Hummingbird – que nem não são assim tão diferentes uns dos outros – confirmam, em definitivo, o estatuto de Jason Statham, como o “último duro, dos duros“!
São daqueles filmes que não enganam.
Estão longe de encantar mas, também, nunca nos deixam ficar mal!
Eu cá dou-lhe uma maior classificação.
Dei quatro estrelas ao filme e gostei muito do desempenho da atriz Agata Buzek, tal como da química com o ator Jason Statham.
O que falhou a meu ver foi a pouca aprofundada relação do protagonista com a família, o pequeno papel atribuído a Ian Pirie e um final um pouco aberto que deixou-me a pensar “será sinal de sequela”.
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