“RED 2 – Ainda Mais Perigosos” de Dean Parisot
Depois da surpresa e descoberta (com RED), vem a confirmação de que “velhos são os trapos”!
Bruce Willis, Helen Mirren e John Malkovich (assim como Mary-Louise Parker) estão de regresso para mais aventuras, tudo menos geriátricas. E não bastasse o elenco all-star que transita do filme original, junta-se-lhe, agora, Anthony Hopkins, Catherine Zeta-Jones e Byung-hun Lee!
Num tom mais jocoso, fruto da maior presença de um inspirado Malcovich, RED 2 não esquece, também, a ação, resultando num ótimo entretenimento de Verão. Neste capítulo, destaque para o realizador Dean Parisot, um homem (maioritamente) da televisão que soube pegar com mestria num conceito cativante e transmitir-lhe o seu toque pessoal.
Frank Moses (Willis) e Sarah Ross (Parker) tentam levar uma vida normal, pelo menos na medida que lhes é possível, dado o passado de Frank na CIA.
E tudo se irá complicar quando Marvin (Malkovich) surge no seu quotidiano com um alerta meteórico. Com as cabeças (novamente) a prémio, os “reformados” terão de voltar a unir esforços para desmontar uma perigosa armadilha, com consequências imprevisíveis…
O enredo é suficientemente coerente para manter os espetadores em linha com o filme durante as suas quase 2h, encadeando sabiamente momentos bem humorados com algumas cenas de ação inteligentes. De qualquer forma, o grande trunfo do filme (e do franchise) é uma certa áurea de bom gosto que se sente no ar a cada momento. Bom gosto que se reflete na qualidade dos desempenhos, na qualidade da história, na qualidade das personagens, na qualidade no argumento…
É difícil esconder a alegria com que vivemos todo o filme, já para não falar do sorriso estampado no rosto ao sair da sala. Há vários anos que esta malta nos tem vindo a entreter em filmes dos mais diferentes géneros, cimentando longas e profícuas carreiras. E neste registo, aparentemente mais descontraído e ligeiro, parecem “peixinhos dentro de água”.
Apesar de Willis assumir maior protagonismo, acaba por ser Malkovich a marcar todo o ritmo desta sequela. Mesmo reconhecendo-lhe todo o talento, o veterano ator norte-americano (um habitué em terras lusas), nunca foi dos meus preferidos no grande ecrã. Porém, Marvin Boggs parece cair-lhe quem nem uma luva e, prestes a completar 60 anos, o ator de Dangerous Liaisons ou Empire of the Sun pode ter encontrado, em definitivo, o grande público!
O futuro do franchise estará mais do que garantido, até porque, acredito, não faltarão nomes a quererem juntar-se a Bruce, John, Helen e Mary-Louise.
Quanto a mim, confesso que não estava à espera de gostar tanto!