“Ataque ao Poder (White House Down)” de Roland Emmerich
A comparação com Olympus has Fallen é… inevitável.
Por muitos acusados de falta de ideias e originalidade, em meu entender de forma altamente excessiva, os grandes estúdios norte-americanos apresentam, sim, uma inequívoca tendência para se… copiarem!
Não é novidade para ninguém que a espionagem industrial (não encontro outra justificação!) há vários anos leva a que uma mesma temática seja reproduzida, na grande tela, em duplicado. Apenas alguns exemplos: Capote e Infamous; The Prestige e The Illusionist; No Strings Attached e Friends with Benefits; Mirror, Mirror e Snow White and the Huntsman e… a listagem prossegue!
Desta vez, a Casa Branca é o alvo de todas as semelhanças. Um agente dos Serviços Secretos, um Presidente, um plano para assumir o Poder do Mundo e a destruição de um dos mais emblemáticos edifícios da capital norte-americana, a Casa Branca. Pois bem, essa é, exatamente, a história de ambos os filmes! Mas claro que os mais atentos já sabiam disso há muito tempo.
Não querendo julgar o “ovo ou a galinha”, preferi Olympus a White House.
A obra de Roland Emmerich será, fruto da apetência do realizador alemão para os “Filmes Catástrofe (e) de Entretenimento,” um produto bem mais abrangente e até mais romântico, criando uma proximidade extra com o espetador.
Channing Tatum e Jamie Foxx, per si, são figuras mais afáveis e apreciáveis (pelo grande público) do que Gerard Butler e Aaron Eckhart, no entanto, no que toca ao cinema de ação ninguém bate Butler. O escocês tem aquela figura de “homem de barba rija” que Tatum nunca terá e com isso a autenticidade do “seu” filme é incomparável. Adicionalmente, a construção de personagens e do próprio enredo é bem mais competente no filme de Antoine Fuqua., inquestionavelmente um homem bem mais experimentado neste tipo de filmes.
Após um entrevista de emprego algo sui generis, o ex-militar John Cale (Tatum), na companhia da sua irreverente filha, acaba por integrar o grupo de visitas que percorre o interior da Casa Branca naquela manhã. O que o aspirante a agente dos Serviços Secretos não esperaria era acabar o dia a proteger o atual Presidente dos EUA (Foxx), depois da Casa Branca ter sido tomada de assalto por um grupo implacável.
Se Down é bem mais forma, Fallen era bem mais conteúdo. E nós, apreciadores de um cinema em que a história é o epicentro do filme, teremos obrigatoriamente de optar pelo segundo.
Isto não quer dizer, de forma alguma, que White House Down não entretenha.
É cinema leve, é blockbuster, é Verão… pelo menos durante mais alguns dias.
Eu penso que o filme tenha conteúdo, gostei dos twists e do argumento de "Ataque ao Poder" que classifico com 4*.
Gosto muito do realizador, contudo este filme não chega aos calcanhares de "O Dia Depois de Amanhã" que é um dos meus favoritos.