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“The Hunger Games: Em Chamas (Catching Fire)” de Francis Lawrence


Senti um sincero formigueiro na barriga durante a larga maioria do filme. Não pelo suspense, tristeza ou expetativa criada pelo filme mas porque tinha a plena consciência que algo de estranho ou surpreendente estaria para acontecer…
… confesso que não estava à espera de Neo.

A analogia ao Messias de The Matrix, tem bem mais a ver com a última cena/imagem do que propriamente com o enredo do filme (ou do franchise) mas foi nisso que pensei ao sair da sala.

Jennifer Lawrence (agora, a vencedora de um Oscar®) continua a dar vida a uma Katniss Everdeen cada vez mais segura de si e mais decidida mas sempre emocional e ingénua. O arco e a flecha continuam a ser o seu melhor aliado – juntamente com Peeta – mas agora há bem mais em jogo do que “apenas” a vida de 24 jovens.

Depois do marcante desenlace da 74ª edição dos Jogos da Fome, Katniss e Peeta vivem rodeados pelas câmaras, percorrendo os 12 distritos de Panem até serem recebidos no capitólio pelo Presidente Snow (Donald Sutherland). Porém, os 2 jovens têm bastante dificuldade em alinhar com o protocolo e rapidamente tornam-se no rosto e símbolo da crescente revolta que abala a quase centenária paz (podre).
Numa estratégia para desacreditá-los, o novo produtor dos Jogos, Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman), organiza uma edição especial, obrigando os anteriores vencedores a voltar à Arena. Mas nem tudo se repetirá…

Mais do que o filme em si, o qual confirma toda a vitalidade do franchise, o crescente carisma dos seus protagonistas e a surpreendente importância de algumas personagens mais secundárias, a história – tal com foi escrita por Suzanne Collins – não me convenceu plenamente. Durante grande parte deste segundo capítulo encontramos uma revisitação de muitos dos dilemas do filme original, apenas revigorados por uma perspetiva diferente.

Em termos gerais Catching Fire é qualitativamente similar ao seu antecessor. Ganha no que às personagens, desempenhos e produção diz respeito e perde pela falta de originalidade em muito do argumento. Acho que todos já percebemos para onde The Hunger Games nos levará, falta apenas perceber qual o percurso escolhido. Estava, sinceramente, à espera de mais astúcia no enredo.

Se Jennifer dispensa apresentações (e aparentemente mais ainda depois do seu próximo filme, American Hustle), Josh Hutcherson parece estar a encontrar o seu lugar nestes Hunger Games – e igualmente em Hollywood. O jovem do Kentucky tarda em garantir um bilhete dourado para si… mas o esforço parece começar a ser recompensado.

Quanto a Francis Lawrence, o realizador de I Am Legend e Water for Elephants parece ser o homem certo para levar o franchise a bom porto. O currículo do realizador austríaco será, per si, suficientemente diversificado e consistente para garantir a qualidade do que se segue e a sua interpretação do universo The Hunger Games é… deveras promissora.

Mockingjay, o terceiro e último capítulo da trilogia idealizada por Collins será dividida em 2 filmes. Nos anteriores casos – Harry Potter e Twilight – o resultado cinematográfico esteve longe de o justificar, esperemos que não haja duas sem três… Katniss, Peeta e Gale não o merecem!

Para já o buzz está garantido!

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  1. Eu adorei o filme, as novas personagens e as imensas surpresas.

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